02/03/2015

Ia contar-vos uma história que se passou comigo,

que, como disse à Pandy nos comentários do post anterior, poderia fazer de mim

a) Uma tia sem noção;
b) Uma mulherzinha passada dos cornos;
c) Uma varina agrilhoada no corpo de uma senhora;
d) Um monstro no corpo da Bella.

Reparem na subtileza com que eu me plageio a mim mesma. MRP é uma totó menina de totós, ao pé de mim. 

Mas deixou de me apetecer. 
Ia contar-vos que me travei de razões com um homem ordinário, toda em pé, empertigada nos meus saltinhos altos, vestidinho rigoroso de senhora crescida, dedo espetado (era o indicador) no ar, e, não fora este cabelo neste desalinho mental constante, facilmente passaria por uma grande oradora (chiu) do século passado, uma deputada (chiu, já disse. Também me ocorre sempre a aliteração) da AR (não, e não são as iniciais de Anselmo Ralph), qual Natália Correia, mas em bom, giro e muito menos eloquente. Olhem, caguei na eloquência, que vocês, se vos dessem a escolher, de um lado, entre um corpaço e uma carinha que dar altos berros só de olhar e, do outro, a eloquência, vai-se a ver e queriam ser todos eloquentes, queres ver? Sabem o que vos digo? Eu só tenho pena é de não ser mais burra, que, ao menos, poupava-me a cenas como a de ontem, em Pénix, ou lá como genitais é que aquilo se diz.

O homem passou o jogo todo aos gritos e a insultar toda a gente e ninguém fez nada. Eu também não fiz, porque não ouvi o que ele dizia, até àquele momento. Apercebi-me que foi expulso da assistência, por ter chamado nomes ao árbitro. Mas, como era amigo do maricas do segurança, voltou para o pavilhão e continuou nas ofensas, isso já mesmo atrás de mim, tipo nas minhas cavalitas. Continuei sem o ouvir, porque mulher honesta e o caneco, mas nem foi isso. Para além de mouca da idade, estava bastante barulho, que a nossa equipa estava a atingir a centena de pontos, enquanto as caramelas do Pénix nem aos 30 eram capazes de chegar. Disseram-me, mais tarde, que o homenzinho chamou pretas às nossas meninas negras e cuspiu para nós, mas a sorte dele foi mesmo eu não ter ouvido nada, nem ter sentido, senão levava mas era com a mala da Tous pelos dentes acima, que aquilo é pele verdadeira (de vaca, pá, não me façam o amor com cenas eco-ilógicas aqui no meu buraco, que eu hoje estou nos cascos e amando com tudo pelos ares) e ainda parece que transporto lá dentro uma bigorna, que aquele grande genital pesa os genitais e ainda é capaz de partir a cremalheira a um ordinário daqueles. 

Só sei que o ouvi dizer que ninguém saía dali bem, em ameaça que nos fazia alguma maldade no plano físico, e eu só vos digo, que fadada (não troquem as vogais, seus devassos) como eu sou para as ironias do estupor do Murphy, a mim tocava-me logo ser violada, que estes delinquentes nunca querem fazer por menos em espécimes da minha raça, mas o que eu temi, mas temi que até tremi, mesmo a sério, foi que o animal me fizesse mal às nossas meninas, vai daí, foi como disse há bocadinho: empertiguei-me nos casquinhos altos, espetei o dedo (eh, pá, acho que não me enganei no dedo, agora já não posso afiançar) e gritei assim: "Saiba o senhor que acabou de cometer um crime de ameaças, que é um crime público, e diante de dezenas de testemunhas. Prefere que chame a polícia e explique eu à autoridade em que artigo do Código Penal é que está previsto o seu delito, ou explica o senhor?".

Isto foi um rastilho. O pessoal das duas bancadas desatou aos gritos, corria gente de um lado para o outro, homens saltavam pelos degraus dos assentos, só faltou mesmo ter dado molho. Tenho que rever a minha postura, para a próxima quero o programa completo. Se calhar, devia ter arrancado uma cadeira e atirado para a assistência do outro lado. Assim, não passámos dos gritos e da chegada da polícia, uma cena demasiado civilizada. Mas prontos, foi o que se arranjou. Uma tristeza, para quem gosta de festa rija como eu. 

8 comentários:

  1. LOOOOOOOOOOOOOOOOOOL

    Não. Devias era ter-te virado para trás, davas-lhe uma joelhada nos timtins e ele fazia outro tipo de sons :P

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    1. Não devia ter. E depois ainda aleijava o meu joelhinho no osso pélvico do ordinarão :P

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  2. Anónimo2/3/15

    Emoções fortes.

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    1. Cada um que aprenda a tomar conta de si.

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  3. Ó LP, tu és demais. O caos, o drama, o horror! :P

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  4. Ainda bem que ias contar uma história, mas só te ficaste por aí... ;)
    Um beijo Porca Linda (ops, era ao contrário?), aquela que nunca desce do salto!

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    1. Havia tão mais para dizer ;)
      Um beijo, my queen.
      É isso mesmo. Tudo menos descer!

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