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05/04/2018

Madrinha atípica # 2

Sou dotada de bastante orgulho derivado às prendas que ofereço à minha afilhada. Se já filhas tenho bastantes, afilhada tenho só uma, com a grande vantagem de ser um tanto mais nova do que as da minha criação. Aquela menina matou-me (não a gritos; não a tiros; sim a beijos) muitas das saudades que fui deixando arrastar para trás no tempo, aquele que não volta para lá. Sem ter culpa pelo mau jeito, tem também a grande desvantagem de ter nascido em plena Páscoa, mais coisa, menos coisa, pois que esta é festarola móvel, ao contrário do aniversário da minha petite, que é de comemoração imóvel. Ou seja, ou calha em cheio na Páscoa, ou calha-lhe rés-vés, mas nunca em vazio.
Sinceramente, gostava de ser afilhada de mim mesma. De alguma maneira, até sou, naqueles momentos extra aniversário, Natal ou Páscoa, em que me oferto cenas. Mas não é a mesma coisa que seria alguém me fazer esse miminho, pois sou uma carente no que toca a agrados com valor monetário sentimental. A madrinha que tive não se esticava muito nas datas, a não ser por duas vezes em que me ter brindou com um relógio de pulso, o primeiro que espatifei logo (por ser extremamente pequena, não só em altura como também em idade), se calhar por não saber ler as horas, e um outro, que era um Timex* azul com números brancos, de que só havia à venda ou azuis ou vermelhos, mas a minha madrinha lá deve ter percebido que, para mim, ou era azul ou não servia, e posso mesmo dizer que amei aquele relógio com fervor quase carnal, tanto que ainda o tenho guardado, volvidas que lhe são em cima cerca de várias décadas. 
Bom.
Nestes treze anos de vínculo que nos une, dei à afilhada do meu coração um serviço completo de colheres de café em prata (quando eu ganhar o Euromilhões, faço-te o Topázio* Caninhas de jantar, querida, se me estás a ler), a Pandora* completa, brincos e pulseiras a perder de vista, o relógio mais foleiro do Mundo, mas que ambas delirámos por dar/receber, e eteceteras vários, tudo assim nesta linha de pensamento. 
Porém, mas sem poréns, dá-se que a menina está a fazer-se mulher, e algo me gritava que só eu, que quase nunca a vejo, me apercebi desse facto. Então, fui à loja italiana da lingerie de perdição e adquiri-lhe um conjunto bellissimo. Dei-lho com a recomendação de que não abrisse à frente de toda a gente (referia-me aos pais) (e sim, sou desencaminhadora), ela sumiu-se para o quarto e voltou, minutos mais tarde, com uma piscadela de olho, "Adorei a prenda, madrinha" e um abracinho bom.
Mais tarde, a mãe, minha bicomadre, enviou-me uma mensagem, a dar conta de que ela estava tão feliz que não queria largar a lingerie. E que eu tinha acertado em cheio.
Olha a novidade, são muitos anos a virar frangos.
Portanto, já sabeis: quando tiverdes dúvidas acerca do que ofertar a jovens dos zero aos quarenta e nove, vinde cá perguntar, que LB é este poço de sabedoria da treta e abnegação, capaz de iluminar trevas dessas.


* NMPPI

09/02/2018

Quando eu ganhar o Euromilhões # 13

Até já tinha lançado os dados (sob a forma daquela máquina que determina se sim ou se sopas relativamente à nossa sorte) para ver se é desta que me sai o bolo gordo. Porém, encontrava-me numa daquelas pausas para a bica que só eu, e, logo ali ao lado, noutro balcão, duas senhoras pediam "É um Euromilhões da máquina, se faz favor". A chávena fumegava-me narinas acima, o pensamento não voava lesto, ficava logo ali, em mil projectos para a fortuna que me espera mais logo, quando uma delas proclamou, ela sim aos quatro ventos (dos pontos cardeais, ámen!), "Esse não quero, tenho a certezinha absoluta que não me vai sair nada!". Todo este fusuê porque a tal máquina lhe havia atribuído, dos cinco números que só são mágicos se também souberem agarrar as estrelas, três seguidos. 
É certo que a minha obrigação humanitária era dirigir-me-lhe e esclarecê-la de que as probabilidades de lhe sair "alguma coisa" são as mesmíssimas se três dos cinco números forem seguidos — no limite, até a chave 1-2-3-4-5 tem as mesmas hipóteses do que qualquer outra —, salteados (em azeite e alho então...), múltiplos de 5, raízes quadradas ou uma tabuada qualquer. Porém, no amor e na guerra (e aqui trata-se de ambos) vale tudo. E eu, agarrada a uma superstição que diz que o jogo rejeitado dá sorte (a qual não consegui confirmar online, aquele recurso que tudo sabe), praticamente voei para a rejeitante, afirmando, peremptória: "Quero eu". E, armada em enigmática, ainda concluí: "A senhora vai tão lembrar-se de mim". (Diz a outra, que a acompanhava: "Ai, por acaso, era muito engraçado se acontecesse!") (E depois ainda enfatizou: "Tinha mesmo muita graça.") (Com amigas daquelas, a pobre não precisa de inimigas.) (E sim, continuará pobre.) (Ao passo que...)
Bom, isto tudo para dizer que mais logo à tardinha já vou estar feita maluca no Ebay, a comprar cenas caras e inúteis. Cá beijinho no ombro.
(Capaz de mandar um também à responsável pela minha fortuna. Foi querida, ela.)

18/12/2017

Um pensamento natalício por dia, drivados da época # 2

Hoje venho com vontade de passar por mentirosa.
Mentira, estou só a preparar terreno, por saber de antemão que será este o meu rótulo quando acabar de contar um eloquente momento da minha ainda tão breve existência.
Ora bem. Nas minhas mãos faleceu a varinha mágica cá do lar. Nem de propósito, já vamos ver porquê. 
Como era máquina para ter menos de um aninho de idade, entendi mandá-la de volta à loja, acompanhada da prova da respectiva compra. Porém, não sabia eu onde se encontrava essa. Foi quando me lembrei da caixa dos talões de multibanco, que religiosa e piamente guardo, sendo relíquia para pesar, assim por alto e a olhómetro, cerca de quatrocentos e oitenta e seis gramas, mais grama, menos grama. São, se não milhares, pelo menos muitas centenas de papelotes daqueles. Perfeita e profundamente ao acaso, meto a mão na caixa (o palheiro) e zás (a agulha). Isso mesmo que estou a dar a entender. Só o (Senhor Doutor) Euromilhões é que não me sai na rifa. 
Foi o milagre de Natal.
Portanto, e em suma, e quanto a mim, está despachado por este ano o tal milagre. Queimei as possibilidades todas, tanto que até nem vou jogar mais, por não ter hipótese de me sair. (Mentira, esta sim.)

[Eu era menina para meter aquele mágico que fez desaparecer um Boeing, o Copperfield, num chinelo. I mean, literally. Metia o gajo numa Havaiana. Debaixo daquela coisa do meio, onde se (quem o tem) raspa o fungo.]


22/10/2016

Quando eu ganhar o Euromilhões # 12

vou ser exactamente a mesma sovina que sou até ao presente momento. 
Aliás, este post também podia chamar-se Dica. Porque, no fundo, o que me traz hoje aqui é uma dica preciosa. Só para as meninas que usam base, as outras podem saltar (este post, ou literalmente — jump). E os homens também, que isto interessa-lhes basicamente... zero. 
Quando se me acaba o frasco da base, e ainda antes de o deitar fora, raspo com o dedo, muito bem raspada, a rosca e o pauzinho que leva a base ao êmbolo, e depois às nossas manitas, imediatamente antes de nos atingir em cheio nossos rostos. Tudo muito bem aproveitadinho. Julgo que toda a gente faz isso. Só a quantidade do precioso e milagroso creminho corado que fica naquela zona do frasco, dá para uma pessoa se maquilhar mais três vezes. 


No entanto, eu ainda vou mais longe, que é uma loucura: quando essa zona se encontra limpa e sem réstia de base, arranco-lhe a palhinha e sopro. Migues, dentro da palhinha está uma quantidade de base que ainda dá para mais duas maquilhagens. 


Ora, fazei lá as contas comigo: se um frasco dá para 60 dias, e ainda lhe acrescentamos mais cinco com estes truques de magia, ao fim de vinte frascos, teremos poupado um frasco inteiro! Ora, se gastarmos três por ano (eu só me maquilho no tempo frio, que é quando pareço o fantasma da Serra de Sintra), ao fim de sete anos, teremos poupado...
...
...
... uma merdinha! 
Não é bom?

[Talvez mais logo ou amanhã faça tutorial com esta descoberta da pólvora seca.]



29/09/2016

Eu vou dizer-vos o que é que, verdadeiramente, me irrita quando vou meter gasolina naquele posto

Não é chegar e ter que considerar as várias hipóteses de bomba onde parar meu boi: quero uma cuja pistola fique à direita, lado do depósito, pois aquela cena de esticar a mangueira em todo o contorno da traseira dele, dispenso. Além do que há umas que têm uma mangueira tão curta que ainda me vejo na contingência de ter que chegar o desgraçado à frente. Quero também uma que não me obrigue a pagar gasolina evologic, só por uma questão de princípio: eu ponho em o boi o que me apetecer, e não o que alguém por mim manda.
Não é esperar numa fila de pessoas que se perdem a comprar árvores de cheiro para o carro e pacotes de batatas fritas para o bucho.
Não é chegar à caixa e ter um funcionário a chamar-me menina a torto e a torto, a tentar impingir-me pastilhas e a cantar "Eu não sei o que é que te hei-de dar" em repeat.
Não é o ritual de carregar no botão do depósito, meter a mala dentro do carro, fechar e trancar as portas, abrir a tampinha, meter a pistola lá no buraco do meu bichinho e pôr a cara número três vou-fingir-que-não-acho-esta-cena-algo-porn.
Nada disto.
Mas aqueles últimos cinquenta segundos, que é o que dura meter os últimos cinquenta cêntimos de gasolina, gota-a-gota, cêntimo-a-cêntimo, são coisa para me deixar mesmo, mesmo nervosa dos nervos.

(Nota mental: quando ganhar o Euromilhões, tranco a pistola nesses últimos cêntimos e vou à minha vida. O próximo que os aproveite.)

15/08/2016

Quando eu ganhar o Euromilhões # 11

Arranjo uns duendes — têm que ser duendes — para me fazerem as malitas de viagem, mas meterem no carro, mas retirarem de lá à chegada ao destino, mas desfazerem e arrumarem tudo em compartimentos muito bem compartimentados tipo IKEA, as meias por cores, os vestidos por tons, os sapatos por fases da vida. 
Vou de férias, meu povo.
Encontro-me exaurida. Quis meter o Rossio na rua da Betesga e ele não coube lá dentro. Fui empurrando a feitura da mala para a tarde, depois para a noite, são estas belas horas e não a fiz. Pior: pus tudo o que pretendo levar em cima da cama, o que, para além de não me ter adiantado na mala, ainda me impede de ir dormir. Pondero sinceramente ir dormir para o sofá, ou numa cadeira qualquer. 
Este ano, viajamos num autotanque emprestado, porque o nosso deu-lhe o Ipiranga. Vamos numa coisa que atende pelo nome de Espace, o que, naquele caso, é um eufemismo: o gnu é imensamente espaçoso, mas ao nível do tablier. A distância do volante ao vidro dá para encaixar três pranchas de surf. Mas não tem mala, já que os dois bancos de trás encostam ao vidro traseiro. Por isso, temos ordens expressas e superiores para levarmos o mínimo indispensável. 
Longe e loucos vão os tempos em que levava mais biquínis do que os dias de férias que ia gozar. Só naquela. Para ter panóplia, cardápio, paleta. Reduzi ao máximo a quantidade de roupa que gostaria de levar e, mesmo assim, acho que não vai caber naquele carro. Falta-me o saco com sapatos, que não consigo encolher nem que me encolha eu toda. Mas os mínimos são as havaianas (que não podiam ser mais grossas), as Fly (para o conforto, e são igualmente gordas), a sabrina para os dias em que me sinto uma Floribella, a sandalete high heel para os dias sim e o téni One Star, para os dias em que me sinta one star. Ora, só isto é motivo para:
1. Ter que levar o saco da sapataria ao colo a viagem toda;
2. Ter que enviar o saco da sapataria para mim mesma, via CTT;
3. Ver-me obrigada a apanhar a camionete e mandar o saco da sapataria de automóvel;
4. Ser compelida a reduzir nos xanatos e ter que amuar um niquinho;
5. Ir descalça, por uma questão de atitude, que também a tenho.
Amanhã, depois de uma noite mal dormida, e de (ou quando já devia ter as) malas à porta, decido a melhor estratégia a adoptar. After all, lá dizia a Scarlett, essa grande O'Hara. Ou era Tara?


20/05/2016

Lê os sinais que o blog te dá

1. Joga no 4.
2. Joga no 44.
3. Não jogues no 444 (porque não existe).

screenshot de chico, meia-noite de ontem

13/05/2016

Raciocínios esdrúxulos que eu faço, e depois não sei se me arrependo

1. Na terça-feira, o Euromilhões saiu em Fátima;
2. Fátima fica em Portugal;
3. Eu sou portuguesa;
4. Era um jackpot;
5. Hoje é dia de Nossa Senhora de Fátima;
6. Nossa Senhora de Fátima é portuguesa;
7. Hoje é sexta-feira-13;
8. O 13 é o número da sorte no Totobola;
9. Não percebo nada de futebol;
10. Isto pode ser um sinal para eu ir jogar no Euromilhões.

[Jogo.]

1. Isto foi um sinal para mim e mais dez milhões; 
2. Não, talvez não — 9.999.999, tendo em conta que o outro gajo lá de Fátima não deve ter jogado hoje;
3. Menos um para baixar as hipóteses.

07/04/2016

Quando eu ganhar o Euromilhões # 10

A outra diz que está cansada da farra de hoje e mandou-me escrever o que me viesse à cabeça. Entretanto, como não sei ser bipolar como deve ser, publiquei esta posta de bacalhau ainda antes de ter começado a escrever. Passe o pleonasmo, isto começou bem.
Hoje deu-me a fé. Nem no santo, nem no clube, nem no faro canino que também possuo: em Sir Euromilhões. A semana passada, não o ganhei por um triz — acertei um número e uma estrela. São 2/7 do total. Já é muito sétimo, embora me dessem jeito os sete sétimos. Por isso, guardei o papelinho com aqueles 7 números, não querendo subestimar o claro indicador de estar quase.
(Entretanto, fizeram-se 8 da noite, já estou rica e ainda não sei. É a melhor parte de ser rica: aquela em que ainda não sabemos quanto nos cai no goto, nem onde o vamos gastar. Eu disse bem: gastar. Chiu, que agora sou uma excêntrica.)
Faltavam dez minutos para as 7 da tarde, quando fui acometida pela fé. Senti-a mesmo, a acometer-me. Icei a nalga da cadeira de pau (em breve poltrona, chaise longue, meipel) e quis voar para a papelaria do registo. Já ia quase na rua quando me lembrei que me tinha esquecido (tal e qual) do dinheiro em casa, pelo que voltei atrás. Entretanto, faltavam oito para as 7 h quando voltei a sair, já meio descompassada das batidas. 
Tive que levar o boi, embora a papelaria seja a duzentos metros. Não havia tempo a perder e os saltos não ajudam. Estacionar, chegar à papelaria, pegar num boletim e preenchê-lo com os números mágicos, já só me posicionei na fila do balcão 3 minutos antes das 7. Talvez já suasse um niquinho. 
À minha frente, uma senhora de muita idade, pedia ao morto-vivo para verificar nada menos do que 15 papelinhos de totobola. 
(Agora a sério, fazem parte de alguma seita, estas personagens que se nos colocam à frente, no multibanco, a pagar todas as contas do bairro e se enganam nos códigos todos? Esta grande querida fazia parte dessa seita.)
A máquina fez plim, porque um dos 15 tinha prémio.
(€ 0,90.)
(Noventa cêntimos.)
E ela ainda registou mais dois totobolas.
(Há-de perceber o mesmo que eu de futebol. Ou então, faz daquilo profissão e é uma angariadora, intermediária. Capaz de estar rica.)
Um minuto para as 7 e eu entreguei o raio do boletim ao homem, a suar as estopinhas e todos os tecidos que me cobriam as peles.
Ele registou-o, e eu saí, deixando atrás de mim uma mulher extremamente nervosa.
(Tivesse chegado mais cedo.)


29/07/2015

Quando eu ganhar o Euromilhões # 9


Farta da lide, e porque não sou nenhum toureiro, menos ainda um forcado, meti-me nas tamanquinhas e fui-me lá para os lados da Sportzone, a ver da bicicleta. Não fui para o Decathlon, porque a minha finalidade era encontrar a Beach Cruiser azul, e tinha sido lá que a tinha visto, pela última vez, ao vivo, há coisa de dois anos. Pus cara de gente, ajeitei os caracóis, alonguei as pestanas a níveis cósmicos (está um s depois do ó), vesti o meu vestido que não admite argumentos, agarrei na mala que só não é uma arma de autodefesa porque não a consigo lançar à boca de um gatuno (hoje pesei-a: com a minha super-garrafinha de água lá dentro — que parece pesar o mesmo que uma kalashnikov —, são 3,200 Kg, exactamente o peso com que nasci, ah, grande Dr. Formosinho!), e vai de invadir, neste belo preparo, a loja do Colombo, que eu não faço por menos. Ia em missão, e as missões, ou se cumprem a preceito e são levadas a peito, ou estão condenadas, à partida (de mau gosto). Portanto, e recapitulando: pestana power, on; timbre, o tal das jantes de liga leve; a mão esquerda a dar uns jeitos ao cabelo, em sinal de ai-que-calor.
No entanto, não consegui nada. Estou a perder qualidades. Ou então, pedi o impossível ao rapaz que me atendeu.
Vi-o ficar pesaroso — mortificado, mesmo — por não poder encomendar a bicicleta dos meus anseios. Mas, como de santo não tinha nada, ficou logo claro que milagres não fazia. 

No entanto, apresentou-me esta alternativa, da qual não desgosto completamente:


O maior defeito que tem, em relação à outra, é que não se chama Beach. E os para-lamas não são azuis. Mas é toda azul na mesma.
Eu percebo montanhas de bicicletas, não sei se já deu para perceber. E vales. 
Vi lá duas de que gostei tanto, que, quando ganhar o Euromilhões, compro uma delas, só para mim:



Pode ser que seja possível comprar as duas, para alternar os dias. Torno-me uma alternadeira da ciclovia. 

Eu quero ser excêntrica. Preciso.



08/09/2014

02/09/2014

Quando eu ganhar o Euromilhões # 7

Continuo a ser uma pelintra feliz. E, cada vez que me aparecer uma oportunidade destas, vibro toda de felizinha que fico.

Triquini Ada Gatti *
Preço inicial - € 59,99
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* Ninguém me paga para isto. Comprei-o porque o adoro, porque procurava O triquiniduzentos anos, porque o preço está tão bom que até trouxe dois, descontrolei-me.

15/08/2014

Eu ainda não ganhei o Euromilhões

Ainda não foi hoje.

Não consigo explicar o que sinto quando, ao consultar o resultado online, verifico que ainda não foi desta. E o prazer que me dá ver que nem eu nem ninguém. Sou tão pérfida.

Não estou sozinha na minha não-vitória, na minha sim-miséria. Eu não ganhei o Euromilhões. Nem nenhum português. Nem nenhum europeu. Eu posso não estar a pular de alegria com os meus Valentes calçados, na perspectiva de adquirir, em breve, os Valentino de todas as cores, para mim e para as duas prometidas, que elas bem sabem que eu cumpro. E aqui reitero a intenção. Mas não estou eu nem está mais ninguém.

Nem sei o que faria a tanto dinheiro, hoje, se tivesse ganho, hoje, Sir Euromilhões.

Sei, sim. A primeira coisa que fazia era mandar um avião buscar o meu bestie, que está há três dias a mais de seis mil quilómetros, e já parece que foi há meses, tamanha é a falta que faz aqui.

10/06/2014

Quando eu ganhar o Euromilhões # 6

Só visto Fornarina. Mais nada. Assino um exclusivo.

Só calço Fornarina.

Já sei o que é que vão dizer. Eu também acho. Mas uma excêntrica pode. E eu vou ser uma excêntrica.




26/05/2014

Quando eu ganhar o Euromilhões # 5

Compro umas Paez.

(Estúpidas, custam € 35,00 e são alpercatas - de lona, claro - com sola de borracha)

Compro várias Paez. Todas as que sejam azuis. As lisas, as de risquinhas, as da bandeira da Argentina


(estou capaz de matar pelas da bandeira da Argentina, don't cry for me!), as das âncoras, as das melancias, as das pintinhas. E todas as que tenham risquinhas. Vermelhas incluídas. As dos corações. Tudo o que seja da colecção SURFY. E todas as deste Verão. Todas as do Mundial. As da bandeira portuguesa (estou capaz de dar um pé pelas da bandeira portuguesa. Não. Um pé não é boa ideia. Pode ser um centímetro de cabelo. No comprimento).

Compro A Paez. E eu não sou mulher de usar sapatos baixos, jamé Salomé. Mas compro aquilo tudo, só para ter numa estante e ficar a olhar para elas. E cheirá-las, que cheiram a coisas boas e novas e bonitas.






Não se nota nada que azul é a minha cor, pois não? Eu disfarço com variações em forma de coração. Pena não serem azuis.

02/12/2013

Quando eu ganhar o Euromilhões # 4

Repare-se no quão próximo eu já estou: o meu boletim da passada sexta-feira devia ter sido premiado com um número e uma estrela. A chave era esta: 


O meu boletim era este:

(eu sei que está desfocada, mas caguê. Faz de conta que são vocês que precisam de óculos. O importante é acompanharem este raciocínio)

E o que é que estas duas série de números têm a ver uma com a outra? O sete. O 7 da vitória. O 7 nos números e o 7 nas estrelas - em ambas as séries. Isto só pode ser um sinal. Já sei 1/7 dos números que me vão sair. Nunca estive tão próximo.

E tenho tantos planos, será que demora muito?

19/11/2013

Quando eu ganhar o Euromilhões # 3 – Obsessive compulsive cleaners

Preciso de um tarado das limpezas para me lavar o lar. Desses do TLC, que têm um transtorno obsessivo compulsivo e limpam até tudo estar um nojo de tão brilhante. Desses de uma pessoa lhe entregar um frasquinho de álcool e um macinho de algodão e dizer-lhe tão-somente "Just do it", à inglesa. Desses que nos deixam a casa num estado tal que até temos medo de nos sentarmos no sofá a ver televisão, porque os olhos sujam e a electricidade estática atrai mais pó. Eu, rica, mal o transtornado compulsivo venha com ideias de manter tudo limpo, até posso dizer-lhe: "Just shut up" ou, simplesmente, "Cala-te, pá!", porque a excêntrica vou ser eu.

17/11/2013

Quando eu ganhar o Euromilhões # 2 – Babyliss Pro Perfect Curl

Até mudei o título ao post anterior. Ando cheia de ideias para quando me cair El Gordo Europeu em cima. 

Os outros comprariam casas e carros. Acabariam de pagar a sua casa ou o seu carro. Por isso é que não lhes sai. Eu tenho ambições muito mais alternativas altas. Era as Hunter e este miminho, para ter o meu ondulado sempre perfeito. Cansam-me os dias em que tenho um lado mais ondulado que o outro. Em que uma madeixa alisa por obra e graça do Espírito Santo. Em que a chuva me frisa. Vi este amor a funcionar ao vivo na feira da cosmética e pensei: "Eureka!", embora cheirasse um bocado a guedelha queimada. Mas quero na mesma. Tenho que continuar a jogar.



16/11/2013

Quando eu ganhar o Euromilhões # 1 - Hunter High Heel

O mundo tem de saber que, se eu não achasse um absurdo gastar 200,00 euros numas botas de borracha... ou melhor, numas botas, eram estas as minhas Hunter:


Ou, vá, na pior das hipóteses, estas: