31/08/2015

Eu sou aquela pessoa que nunca, em circunstância alguma, deves levar ao supermercado # 22

Fui comprar bolachas Oreo*, para fazer um doce-que-é-horrível, mas meu agregado adora, portanto, quem sou eu. Chego ao mufifo do Titimimiro, mais precisamente ao corredor da tortura para as papilas que é o das bolachas. Deparo-me com Oreo brancas, pretas, qualquer cor, como o pinga amor da Tonicha, ia-me desorientando, você quer tudo o que vê. O doce-que-é-horrível leva Oreo normais, daquelas horríveis, que uma pessoa mete na boca e parece que abocanhou os vasos das florzinhas, ou então que esteve a comer sarrabulho (ai, que saudades da minha avó), e esqueceu-se de lavar os dentes, de preferência ainda à mesa. Comprei três pacotes — lá está, como é que eu aspiro a escrever coisas sérias, se nem tenho unhas para este aspirador? Mas pacote é giro. Não? Ah. —, e, como existe uma Maria Piça em mim, que tudo o que vê, cobiça, tive que rebocar comigo as outras variedades de Oreo que lá havia, tudo com intenções probatórias e gustativas, como as papilas que carrego oralmente em mim.


Por acaso, no momento em que cheguei a casa, me vi sozinha com os três pacotes (chiu) e com a tarefa de elaboração do doce-que-é-horrível pela frente, não sei se foi solidão, se quê, mas já só consegui tirar este belo retrato que aqui vos posto após rebentamento de um dos pacotes (chiu, já disse), e uso e abuso de outro (caludas). Neste momento que vos escrevo, já me amandei sem dó ao pacote que ficou intacto, e confirma-se o quão.

Receita do doce-que-é-horrível (cada um sabe de si):

Bolachas Oreo esmagadas (pode ser com o pilão do almofariz, que esmaga que é uma lindeza) + 1 lata de leite condensado (pode ser magro — hahaha, só cai quem quer, mas existe) + 1 pacote de natas batidas em chantilly (eu uso Longa Vida* porque sou parva — quando bato aquela nhanha, ela espalha-se-me pelo tecto e paredes da cozinha, e, com sorte, ainda me respinga a raiz do cabelo, as pestanas e as fossas).

É uma bomba calórica, péssimo de tão doce e espesso, mas a rapaziada adora. Haja fígados que aguentem, que eu estou fora. Tenho uma vesícula parca em fel, mas também não preciso de enchê-la de melanga.

* ninguém me paga para isto, nem ninguém me calará.

4 comentários:

  1. Ahhh, mousse de Oreo... caramba, deixas-me aqui a salivar, que coisa feia (a minha figura enquanto me babo, não a iguaria e muito menos a autora :))

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    1. Essa mesma. Não é uma náusea?
      E dobrei a receita, desta vez. Duas latas de leite condensado, não é boa ideia...
      (não acredito que fiques feia a babar-te, ratinho :))

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  2. Gourmet! Diz que é um doce gourmet e estás safa!

    Beijos, Lindinha azul. :)

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    1. Nem preciso de os enganar. Rapam a taça como beaux sauvages. Uma delas pediu-me para comer com as mãos! :)

      Beijos, Marioska :)

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