21/05/2016

Também te questionas fortemente

quando, cumprido um prazo espartano de um trabalho escravizante, percorridas a duras penas doze horas do último dia que tens para o entregar — que, na verdade, são onze, uma vez que fizeste pausa de almoço, oh, oxaria! —, envias aquela grande porra, a tempo e a horas, exausta e exaurida, e recebes como resposta, curta e grossa, em apenas uma linha, que devias ter feito bold nuns subtítulos da m., completamente sem importância, sem qualquer relevância para o resultado final, para a qualidade do trabalho, para o fim a que se destina, para a estética, para nada vezes nada, a não ser para cumprir com a m. do transtorno obsessivo de quem to encomendou, a preço de p. barata. 
Nunca, por nunca, me apeteceu tanto mandar alguém, por escrito, por mail, em contexto de trabalho, lá para aquele lugar que os meninos e os senhores têm e nós não.


6 comentários:

  1. Como te compreendo. Até costumo gozar e dizer que, na realidade, eu só jogo no euromilhões, pq em me saido eu podia mm enviar esse mail, ou melhor, dizer pessoalmente. O gozo tremendo que essa merda me daria pá!

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    1. Esta merecia qualquer coisa de muito gráfico. Um gif, ou assim.
      Ainda por cima, sabe o quão custoso é aquele trabalho. Não tem desculpa.

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  2. Esse é o nosso karma, aturar cretinos. Respiras fundo e relativizas. Como disse o grande filósofo da bola Manuel Machado, «um vintém é um vintém, um cretino é um cretino».

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    1. Agora paga-me o trabalho e amigas como antes. Não me apanha é noutra. Já decidi que entre morrer de fome e morrer de cansaço + nervos, antes a primeira.
      (Grande Manuel Machado)

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  3. 1º recebe e depois manda !
    Para esse, ou para aquele lugar que as meninas e as senhoras têm e nós não.
    Ora esta !

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    1. Não mando, porque detesto fechar portas, sobretudo por se tratar de trabalho. Mas as janelas, fecho-as todas!

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