Mas em que buraco andava metido este grande génio da literatura?

Eu vi a luz. Tive uma séria revelação ontem, quando por aquele acaso, Pedro Chagas Freitas - que não se percebe por que não se chama antes Pedros (hah. Apanharam) - cruzou o meu caminho, através de uma breve, tortuosa, porém frutífera pesquisa pelo Google. Este senhor dá material para posts atrás de posts. Mas eu sou uma precipitada e ponho já a carne toda a assar de uma só vez.

Ambiente: 

Este agora era um blog cor-de-rosinha. Pois. Mas mais, muito mais. Com um fundo que fere as vistas. Com purpurinas. E gifs animados. E letra grande, para toda a gente ler. E ouvir o grito. 

A categoria do intrincado do pensamento. A categoria da pontuação. A repetição da mesma ideia, o quase pleonasmo com a angústia de o copo não estar cheio. Mulheres do copo cheio e apenas arrebatáveis pelo impossível, de pé! 

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Ambiente:

Este agora era um blog criado em dia de TPM, cujo primeiro post era já a ameaça do seu fim. 
Não sei quanto tempo isto durará. Pode ser para sempre ou só por um dia. O futuro a Deus pertence. 
E depois enche-se de frases sacadas do Google. Flores. Indirectas sabe-se lá para quem. E, às vezes, um niquinho de fel.

E amar-te em cima do trapézio, hã, Pedros? Ponderaste a hipótese? De nada, vai em paz.

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Ambiente:

Este agora era um blog em que se desconhecia por completo a correcta colocação das vírgulas.

Já sei o que fazer quando tiver insónias. E pernas inquietas.

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Ambiente:

Este agora era um blog de frases curtas. E puras. E duras.

Eis uma declaração de Pedros na fase pré-coito. Logo após, troca a ordem das ideias e muda o discurso para Gosto da tua pele, etc., à cavalheiro.

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Ambiente:

Este agora era um blog em que o autor precisa de escrever muitas palavras. Não interessa o conteúdo, mas sim a forma. Texto, texto, texto. Ninguém lê, mas isso ele não sabe.

Sinto-me intragável. Vou ali matar alguém, já volto.
Ei, o senhor Paulo do talho do meu bairro mexe nas entranhas, conta como tragável, ou...? Ah.
Mato o senhor Paulo?
Perdi-me outra vez.

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Ambiente:

Este agora era um blog em que só se fala de sexo. Mas de forma poética. Ninguém diz pinar, só fazer o amor. Ou f*der, o supra-sumo da poesia erótica.

Eu também não, Pedros. Também me venho aqui (ponho vírgula?) confessar.

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Ambiente:

Este agora era um blog de ditados populares, mas postos em quadrinhos.

Olha, Pedros, quem é que te engoma as camisas? E te limpa a sanita? E te conduz o autocarro? E te opera os olhos?

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Ambiente:

Este agora era um blog do namorado da do blog cor-de-rosinha que tem o copo que não está cheio. E repete a repetição, já não em modo pleonasmo, mas em perfeito plágio dela, que é quase de si mesmo, concluindo-se, assim, serem ambos impossíveis. 
Estou quase tão boa como PCF para baralhar-vos a tola. Até eu me temo.

Pedros, decide-te: podes até não usar o ponto final, à laia de estilo pessoal, ou lá o que é. Mas ou pões vírgulas ou não pões. Falta ali uma a seguir a "interessantes", e outra a seguir a "explica".

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Ambiente:

Este agora era um blog em que o autor não percebia lá assim muito bem o que é que ele próprio queria dizer.

Podia ser "Vai-te..." ?
Foi só uma sugestão, Pedros, tamãe...

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Ambiente:

Este agora era um blog de humor, cheio de anedotas estafadas. Só rir e rir sem parar, de nervos.

Pedros, tu estás profundamente perturbado.

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Ambiente:

Este agora era um blog de declarações românticas diárias à mesma pessoa (aquela que não sabe que TU existes), mas com construção gramatical de bate-chapas.

DO material DO que te amo, Pedros?
Por favor, evita misturar alguns termos com a palavra amor. Material não é uma boa ideia.

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Ambiente:

Este agora era o blog do próprio bate-chapas. Que fazem muita falta. Nomeadamente por causa das trancadas.

Recado deixado pelo próprio, no pára-brisas de tudo o que é fêmea que mexe.
Pedros, tu és grande.

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O meu muito obrigada.
Um bom beijo.