Ou quando a menina do call center precisa de desabafar... contigo.
Vamos supor que eu respondo por dois nomes próprios.
~
- Estou? Muito boa tarde, estou a falar com a senhora dona Linda Porca?
- Sim, sou eu. Boa tarde.
- Hah... prefere Linda ou Porca?
- É-me igual, chame-me o que quiser [chama-me Tarzan e arranca-me os pêlos do peito]
- Então Porca. Lindas há muitas.
- [E chatas] Sim, tanto faz.
- Senhora dona Linda Porca, posso perguntar-lhe que idade tem a senhora?
- Por dias, 74.
- Hah... também é Escorpião. Ai, uma Escorpião...
- [So-cor-ro]
- O mês de Novembro é terrível.
- [Pai Nosso, que estais no céu...]
- Lá em casa, são os anos a 7, a 12, a 17 e a 28.
- [És tu, cosmos? Isto são os números mágicos?]
- E depois tenho o mais pequeno, a 26 de Outubro. Também é Escorpião.
- [Desliga, Linda Porca. Olha os teus nervos]
- Senhora dona Linda Porca, eu represento uma empresa de tratamentos de magnesioterapia. Estes tratamentos são aconselhados sobretudo às mulheres com mais de 45 anos, nomeadamente para as dores. Diga-me, senhora dona Linda Porca, a senhora, quando acorda, tem mais dores da cintura para baixo ou da cintura para cima?
- [O cu fica aonde?] Olhe, para lhe ser sincera, eu nunca acordo com dores.
- E ao longo do seu dia, senhora dona Linda Porca?
- [Invento? Falo-lhe da minha próstata, para a baralhar?] Eu também não...
- Ah... e conhece assim alguém que sofra de dores?
- [Mando-a para o ginásio, onde o gajedo de 20 e 30 geme por todo o lado?] Eu não...
- Ah... ups.
Acho que caiu a chamada. Ou ela caiu para o chão. Ou foi despedida naquele momento.
Não sei.
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