08/11/2013

Pragas que me rogam

Eu tenho pragas. Existe uma praga de baratas na minha casa. No meu prédio, que tem dezenas de casas. Elas são enormes. Ontem matei a maior barata do mundo. Na verdade, era um cão. Um elefante. Uma vara de porcos (não sei como se diz manada de elefantes ou vara de elefantes, ou grupo de elefantes, nem estou para ir estudar). As mocadas que lhe dei com a parte rija da vassoura matavam um homem. Àquela gaja, puseram-na moribunda. Eram 11 da manhã quando a golpeei. Às 14:30 ainda agonizava no hall dos elevadores (varri-a para a porta da cabra que mora em frente, sim, porquê?). Às 5 da tarde teve que levar o golpe de misericórdia. 

E mosquitos. Deixei apodrecer duas batatas no móvel da despensa e houve uma mosca que resolveu ir parir ovos para lá. Já deitei fora as batatas, mas as moscas bebés eclodem às centenas - pronto, dezenas - por dia. Ontem achei por bem acabar-lhes com a raça, já que tinha assassinado a Cuca. Estava uma serial. Armadilhei tudo, arrumei todos os alimentos, tirei os passarinhos da cozinha, tirei também a água, comida e caixa de areia de uma das gatas, preparei-me para borrifar o tecto todo da cozinha com Dum Dum, ao som do velho jingle "Com Dum Dum não escapa um, Dum Dum é o fim" e depois fechar a porta toda a noite, quando percebi que não tenho mata mosquitos em casa. Aliás, não tenho mata nada. Nem a Cuca morreu bem morta pelas minhas mãos. Sou uma merda de assassina. 

Se calhar, a minha casa é uma farm, mas em ponto muito pequenino. Tenho as gatas, os passarinhos, milhares de mosquitos e várias baratas. Já tive peixinhos. E bichos da seda, mas não quero falar nisso.

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