19/11/2013

Eu tenho problemas com médicos # 11

Não sei se sou eu ou se são eles, mas nunca reina a calma quando me encontro num gabinete médico. 

Fui acompanhar uma das gajas ao dentista. Pronto, outra especialidade que só frequento uma vez por ano para ouvir "Volte cá para o ano" ou para fazer companhia a alguém. Por outro qualquer motivo, esta cruel boa genética não me leva lá. 

Era a primeira consulta dela com aquele dentista. Vai daí, explicou-lhe que já tinha usado aparelho, embora esteja na mira de ter que usar outra vez. A consulta desenrolou-se normalmente e, no fim, quando ele estava a completar a ficha dela, virou-se para mim e perguntou: "Que idade tinha quando fez o tratamento ortodôntico?"

Eu não sei que espécie de bloqueio tive, quando respondi: 

- Eu?

...

...

...

É que nem sei o que escrever aqui.

...

...

E ele respondeu, seríssimo: "Não, não. A [disse o nome dela]."

Portanto, ele equacionou a hipótese de me estar a perguntar que idade EU tinha quando ELA usou o aparelho. Pior, ele equacionou a hipótese de eu responder a semelhante artoada.

Fiquei tão aflita. Acho que me apeteceu vomitar. Até perguntei à empregada se ela me tinha ouvido dizer "Eu?", ou se eu tinha tido um pesadelo. Ela confirmou e começou a rir-se desalmadamente. Eu ri-me dos nervos. O médico, coitado, riu-se porque ouviu rir e chorar era um bocado fora de contexto.

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