19/04/2015

Balneários de ginásios

Eu já sabia tudo o que se passa num balneário feminino de qualquer ginásio.
Ao contrário do que muita gente pensa, não se encontram corpos tonificados e belos, rabos e mamas no lugar, ou, sequer, gente que saiba vestir umas cuecas sem parecer que acabou de revestir com película um bolo mal cozido. Ou melhor, não é a regra.
Não. Desenganem-se os homens. Apesar de esfoladas de esforço, preocupadas com a dieta, cuidadosas com a aparência, as mulheres conseguem descer muito baixo na hora de marchar para o duche e, a seguir, exibir a lingerie desajustada, escafiada, foleira.
Vi outro dia um rabo pejado de celulite, com um fio dental posto em cima-dentro, e tatuado. Vamos lá a ver: eu não tenho nada contra a celulite, reparem. Se tivesse, há muito que não teria nem um grão dela. Não tenho nada contra o fio dental. Se tivesse, há muito que teria deixado de fazer máquinas de roupa na minha casa. Eu não tenho nada contra a tatuagem, desde que chapada nas outras, nos rabos das outras, que cá de mim e do meu sei eu. Mas, as três coisas juntas, todas na mesma peida, foi imagem que me vai acompanhar nos piores pesadelos enquanto me mantiver minimamente lúcida e para lá dos limites da demência, se é que não contribuirá, mesmo, para a antecipar.
Já quanto aos balneários masculinos, a crónica do Bruno Nogueira de quarta-feira, na TSF, representou a abertura a todo um mundo que eu desconhecia, se calhar por não ter, algum dia, frequentado um. Na verdade, nunca tinha pensado que um balneário masculino teria tantos... genitais. Ele há coisas demasiado lógicas, que são os nossos axiominhas, para que nos detenhamos a pensar sobre elas. Esta era uma: balneário dos meninos, pilinhas; balneário das meninas, pipis. Pronto, para mais do que esta regra de jardim de infância, não me arrisquei, confesso. Daí a revelação que foi ouvir este relato, digamos, da bola.
Se, antes de o ouvir, estava convencida de que os nossos balneários são antros, não propriamente de terror, mas de wtf-is-that-great-shit?, não-olhes-para-ali, mas-por-que-raio-é-que-esta-está-a-olhar, deves-te-achar, ai-que-horror-de-mamas, ai-que-horror-de-cu, o-que-é-que-aquela-tem-na..., etc., agora sei que, os deles, são o último reduto da vergonha e do pudor humanos, ou melhor, em que uma e outro morreram à porta. 
Somo e sigo na convicção íntima - literalmente - que me acompanha desde sempre: ainda bem que nasci mulher. Se já tinha as outras razões todas, extrema mas assumidamente machistas, agora tenho mais esta: sempre é menos uma pila, para ali, a abanar-se. Puxa.

10 comentários:

  1. Fiquei traumatizada com a imagem do cágado sem carapaça e cheio de bolor.
    Já chorei de tanto rir!!
    Belo post LP :)

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  2. Também eu! "Pernas abertas e o secador..."? Ai, por favor... :)
    Obrigada, Imprópria :)

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  3. Então vamos lá !

    Regras fundamentais( balneários masculinos ).

    1º Não esquecer chinelos havaianas ( canesten spay-mto dispendioso em tempos de crise )

    2º deslocar-se devagar ( com havaianas não dá para correr ),atento e sempre com dorsais bem encostados nas paredes .
    3º Se deixar cair o sabonete ,esqueça !- não o apanhe .

    :) :) :)

    Nos femininos, não sei .

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    1. Hahaha, boa ideia, essa dos dorsais encostados na parede. Para compor o ramalhete, ou melhor, o "bouquet" de que fala o Bruno Nogueira! :D

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  4. Ahahahahahahahahah tenho experiências um pouco estranhas com balneários femininos. Com os masculinos, não tenho nenhuma, vá :P

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    1. Relata, por favor! Esse pessoal da tanga estrambólica tem que ser denunciado!
      Eu, com os masculinos, idem. :P

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  5. Fui ouvir o Brunito... Opá, chorei de rir. Muito bom. Tu e ele é que faziam uma boa parceria, era rir até não dar mais :P

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    1. Ah, não digas isso. O homem é gigante - literal e artisticamente - esmagava-me no primeiro round :D
      Mas obrigada, tá? ReZistei essa :*

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  6. Estas imagens vão fazer parte dos meus piores pesadelos...

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