20/04/2019

Não mudes nunca (nem conseguirás)

É o que me digo com frequência amiudada quando me contemplo ao espelho.
Praticamente seis anos após o episódio do óleo de duche que besuntei como óleo pós banho, do qual ainda guardo memória (essa capacidade tão pouco selectiva que só retém tralha, lixo e supérfluos), e a minha pele também haveria de guardar (pois esteve a isto assim - um naco de nico - de fritar ao sol da cidade), hoje foi o dia em que espalhei por toda a cútis condicionador do cabelo (que acho que serve para o condicionar, seja lá o que isso seja, Pavlov explicaria), ao invés de hidratante corporal.
Desta feita, tenho como desculpa que os frascos são iguais e eu, para não variar sequer em ré menor, não li os rótulos. 

Nem tinha porquê, uma vez que, não usando condicionador, desconheço o trajecto que o dito fez até se alojar no meu nécessaire de fim de semana. Um ser humano quer reduzir o volume na mala, atira-se aos frascos que traz dos locais onde se hospeda por vezes, e dá nisto. O que é certo, é que ali apareceu e eu, após cobrir praticamente toda a pele corporal com aquilo, e verificar que estava a ficar toda branca, não estranhei. Há cremes muito esquisitos. Já uma vez comprei um protector solar que era azul. As minhas crianças pareciam strumpfs quando eu terminava a tarefa. Hoje só me questionei quando resolvi passar o mesmo creme na cara e verifiquei a minha assaz semelhança com Pierrette, a chorona.

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