24/11/2016

Já sei que, se calhar, sou só eu

Estas anormalidades são muito ao meu estilo, e, até certo ponto, caracterizam-me. Espero mesmo que só eu tenha este tipo de transtorno, a bem da Humanidade em geral e das pessoas humanas em particular: quando estou a passar os alimentos da travessa, do tacho, da frigideira, da wok (que não tenho, mas já se percebeu a ideia) para as caixas de refrigeração (hã? O esforço para não dizer tupperwares*?), fico feliz, contente e realizada se acerto à primeira e à justa no tamanho da caixa — se ela tem, não só o tamanho exacto para a quantidade de alimento com que a enchi, como também fica cheia até acima.
(Tenho, aliás, diversos transtornos associados com as ditas caixinhas, de entre os quais ser capaz de perseguir até ao Inferno dantesco quem me leve uma emprestada e não ma devolva; também sofro de suores de todas as cores de cada vez que passo num stand daquela marca de que não vou repetir o nome e não paro e não contemplo e não compro.) 
E depois, não (suficientemente) contente com essa enorme vitória, costumo ter um daqueles pensamentos supersticiosos de adivinhação pura, provindos de uma base científica igual a nada, mas, ainda assim, epistemológica: "Ah, isto é porque me vai correr bem [uma cena qualquer]..."

* NMPPI


10 comentários:

  1. Eu diria que também tu sofres de OCD.

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    1. Claro. As tarefas domésticas endoidecem qualquer pessoa.
      Vá que não tenho nenhum associado a molas da roupa...

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    2. Essa das molas, nem sempre mas às vezes também faço.
      E os pares de meias têm de estar uns ao pé dos outros, virados para o mesmo lado...
      Às vezes. Em tendo tempo...

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    3. Vês? Esses, não tenho. São 21 metros de corda de cada virada, ponho uma mola qualquer, de qualquer cor, indiferentemente de ser da cor da roupa, de ser um par na mesma peça com cores diferentes, de a roupa estar para nascente ou poente. E depois sinto-me livre!

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    4. Relativamente aos tupperwares eu às vezes ponho-o em cima da travessa a calcular se cabe lá a comida! No caso de ser empadão, lasanha, bolo ou uma coisa assim que seja para cortar.

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    5. A minha grande glória é que faço isso a olho. E acerto 99,9% das vezes.

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  2. Eu? Nãããããõooooo! Aqui é mais a afinação das portas dos armários de cozinha... :P :P

    Beijos, Lindona :)

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    1. Ninguém nos dá o nosso valor. A rotina de casa amarra-nos como doidinhas numa jaula :P

      Beijos, Mary :)

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  3. Anónimo25/11/16

    Essa anormalidade - a par de muitas outras - é uma situação que também me assiste. Toda eu sou um catálogo de factos extraordinários e fora do contexto (seja ele qual for) que normalmente indicam também se o dia/ algum evento próximo vai correr bem ou não: não negue à partida uma ciência que desconhece, lá diria a outra senhora.

    Não ia contar a ninguém, por vergonha, mas agora que falaste no assunto, sinto-me mais acompanhada, mais integrada, quase que até mais normal.
    :D
    Paula

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    1. Essa das apostas mentais comigo mesma e dos sinais indicadores de que isto ou aquilo vai correr bem, ou devo fazer de forma diferente, é todo o dia. Sou assim uma espécie de medium-para-anormal :D

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