Fomos deixá-la na nova casa, longe demais para chegarmos lá num salto, perto o bastante para estarmos perto. A certeza da saída deu-se há dias, quando o computador mostrou os resultados, e deu «colocada». Saímos de armas e bagagens, que é como quem diz, pois que desarmados até aos dentes, que também é uma força de expressão.
Loiça arrumada, cama feita, malas vazias, veio o momento do abraço, aquele que diz fim e princípio. Vá-se lá perceber como é que a minha mais pequenina é a maior, foi como agarrar no meu próprio corpo, beijos nas bochechas de bebé e porta-te bem.
Vim sem uma lágrima, sem um suspiro, sem um ai Jesus.
Estou cada vez mais dura e mais seca.
Chegou a hora de jantar, instalou-se, e, com ela, uma sensação de desarrumação e vazio.
As gatas, como boas gatas, soberanamente indiferentes: uma, prepara-se para entrar na terceira idade — não me chateiem —, a outra, não sai da primeira infância — cambada de chatos.
Falta-me a Mel. Também.
Lavei a gaiola dos passarinhos com o afinco e a dedicação de sempre.
Devia soltá-los.
Tenho tanto medo desse vazio
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As nossas asas mantêm-se abertas. De alguma maneira, eles voltam.
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Txinapá, tão mm crescidas ;)
ResponderEliminarÉ mm verdade, nao é? O tempo passa a correr.
Nem damos por isso. Um dia estão de fraldas, no dia seguinte fazem a trouxa...
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