06/07/2017

And that awkward moment # 31

em que te vês na rua, por motivos só teus, que interessam para aqui zero, com trinta adesivos espalhados pelas duas pernas, de vestido vestida? E, se há coisa que tens que defender com unhas de gelinho e dentes que ainda são todos teus, é a tua imagem (mental também). 
Ali mesmo a dois passos, tens uma Stefanel* e uma Lanidor*, mas algo sem explicação (avareza) te leva a enfiar na loja do chinês, a apenas um passo. Precisas de qualquer coisa que te tape as pernas. Macacão de calças, fora de questão. [Por mais em forma e ou magra (hah, tits) que esteja, eis-me uma orangatanga]; vestido até aos pés - fora de questão. [Fica só a faltar a Djali e o Quasimodo para compor o cenário]; umas calças são a solução certa, mas, para tanto, há que comprar qualquer coisa para cima. [Calças por baixo do vestido, só se comprar também um chapéu de palha, e saia para a avenida a cantar Oliveiras, oliveiras, ao longe são olivais. Ai, és tão Linda!]
No provador, decides-te por duas peças lisas, uma vez que a sandália que trazes calçada é em imitação da cobra [com O] e não conjuga com a calça floral (segundo sugestão que mal ouves entretanto). [E eu lá sou mulher de usar a calça floral? Sinceramente.]
Depois dá-te a preguiça, aquele pecado capital, para te despires e voltares a vestir e ainda ir pagar, e depois teres que voltar a despir o vestido e vestir as duas peças acabadas de adquirir. (Não sei se estão a acompanhar.) Diriges-te então ao balcão com os dois alarmes pregados na roupa que tens vestida, e sugeres que tos tirem assim mesmo. No entanto, o removedor magnético para os retirar é uma peça afixada sobre o balcão. Perante o espanto e alguma relutância da funcionária, insistes que te sejam retirados mesmo assim, tão teimosa quanto preguiçosa, mas, convenhamos, com um louvável sentido prático. Se, quanto ao top, é fácil reclinares-te e zás, soltá-lo, já quanto às calças, que tinham o alarme aposto na parte traseira do cós — logo, na tua parte traseira —, a retirada dele obrigou-te a uma manobra, vá, que só possível derivados à elasticidade que tens vindo a adquirir ao longo das décadas, à força e empenho de tantas horas a dares o coiro (mas não o cabelo) no ginásio. E ainda tens que ouvir:
- Vaidadji, ámiga...?
Mas não perdes a pose, e esclareces:
- Necessidade, amiga.
(Porque só mesmo em estado de necessidade é que a verdadeira blogger sai para as avenidas vestida com umas jeggins azuis e um top esvoaçante, mas isso eu não podia explicar-lhe.)
(E eram tão justas que o relevo dos pensos se notava perfeitamente.)


*NMPPI


12 comentários:

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    1. Hoje não, que já foi tudo para lavar. Mas volto a vestir, só para poderes ter uma ideia :)

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  2. Avenida da República? :)

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  3. Anónimo6/7/17

    Ficamos à espera de foto jeitosa. :) O que me faz espécie-adoro a expressão-são os trinta pensos nas pernas. Nova moda de Verão? :)
    AL

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    1. Será tirada, toda a blogosfera o exige, aplaudindo em pé! :)
      Fui picar os derrames. Agora estou cheia de nódoas negras, lindo!

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    2. Anónimo7/7/17

      Isso dos derrames é que não fazia falta, não era? Mas estando controlados, não há problema de maior, penso.
      AL

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    3. Já não são muitos, que eu trato disso todo o ano. Sem problema :)

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    1. Uma imagem a defender, é o que eu digo sempre! :)

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  5. Anónimo7/7/17

    Só podiam ser azuis, certo Azulinha??
    Mil beijinhos 🌸

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    1. Só, Miss Curvas. Num momento de aflição, azul-azul-azul :)
      Mil beijinhos e uma florinha também.

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