26/10/2021

And that awkward moment # 66

em que a aula está prestes a começar, a instrutora pergunta ao grupo se é a primeira vez de alguém — por indiscrição ou curiosidade estatística, já que não faz nada com a informação, sequer pergunta se a pessoa sofre de lesões a ter em conta —, há uma que levanta o braço e logo é confrontada com a questão seguinte, que é meramente retórica: “Gostas de dançar?”, ao que ela responde: “Não”.


Ora, este tipo de atitude levanta-me a mim uma série de dúvidas:

1. Existem mais pessoas que, tal como eu, sistemática e matematicamente se enganam na porta?

2. A mulher ouviu mal/ não percebeu a pergunta, tendo pensado que era um daqueles inquéritos chatos a que uma pessoa responde o primeiro desvario que (não) lhe vem à cabeça, ou uma micro-sessão de psicoterapia pré-esforço para descontrair?

3. Terá julgado que estava a responder a um Trivial, e, desconhecendo a resposta para Camembert, pensou que a certa era a mais improvável?

4. Será uma daquelas pessoas que nunca saem/ gabam-se de que nunca saíram da p. da adolescência, e consideram que toda a gente tem que achar piada/ aturar as suas irreverências?

5. Será apenas e tão só genuína e ingenuamente mal educada?

Já nem dancei convenientemente, tal foi o rodopio cerebral que isto me provocou. (Ultimamente, tenho sempre uma boa desculpa para os meus desacertos de passo. Esta foi a deste dia.)

(Uma pessoa desgasta-se.)


Sem comentários:

Enviar um comentário