E agora é isto: quem não tem sintomas, pode estar infectado, mas não (se) manifesta. É assim uma espécie de advogado do diabo, um portador anónimo e silencioso das más notícias - que, como se sabe, convém assassinar.
Portugal tinha, até ao dia de ontem, 12.565 infectados. Se lhes somarmos os 196 curados e subtrairmos esta soma aos cerca de dez milhões que somos, vemos que temos nove milhões, novecentas e oitenta e sete mil, duzentas e trinta e nove pessoas que, de duas, uma: ou não estão infectadas (e isso será a grande maioria), ou então são suspeitas/ assintomáticas/ possivelmente infectadas/ a abater, pois - parvas - estão convencidas da sua imunidade/ impunidade/ sorte macaca, mas que, no fundo, andam cá a infectar meio mundo (a outra metade dos não infectados/ assintomáticos como eles), e isso fá-los merecer a desconfiança, a repulsa, a fuga a jacto, a nova agorafobia. Agora, já.
[Eu, assintomática me confesso, também vou desenvolver uma fobia chique relativa a todas as pessoas que viraram a cara e manifestaram a sua repugnância pela pessoa humana por estes dias. Coprofobia.]
Nunca tive gripe na minha já longa vida.Só uma vez um pequeno resfriado. Raramente me constipo. Provavelmente também estarei imune ao COVID.Será que a ciência deve estudar o meu caso?
ResponderEliminarMesmo, Ana? Sim, deves entregar-te à ciência ainda em vida! :)
EliminarJá eu, tenho a meu favor (?) que tive tudo o que é possível ter (contagiosas), pelo que também acho que, se não estou, devia estar imune.
Eu espero em partes iguais não ser infectada e não infectar ninguém.
ResponderEliminarEstou honestamente tão cansada disto...só quero mesmo que acabe e ai de mim que apanhe nem que seja uma constipação entretanto!
Também eu espero e desejo isso. Mas continuo (continuamos todos) a assistir a cenas criminosas (num lar da terceira idade, no final de uma missa pascal - para quê??? -, funcionários de máscara a dar a beijar a cruz aos utentes de cadeira de rodas, todos lado a lado, sem qualquer protecção!? Deviam ir presos).
EliminarOlha, muitas pessoas já morreram e muitas ainda morrerão às mãos da estupidez alheia.
(Hoje, depois de ter visto aquelas imagens, perdi mais um bocadinho de esperança na humanidade.)