Conta a fábula que a coruja encontrou a águia e lhe disse:
- Ó águia, se vires uns passarinhos muito lindos num ninho, com uns biquinhos muito bem feitos, não os comas, que são os meus filhos!
A águia prometeu-lhe que não os comeria. Foi voando e encontrou numa árvore um ninho, e comeu todos os filhotes. Quando a coruja chegou e viu que lhe tinham comido os filhos foi ter uma conversa com a águia, muito aflita:
- Ó águia, tu foste falsa porque me prometeste que não comerias os meus filhinhos, mas mataste todos!
Disse então a águia:
- Eu encontrei uns pássaros pequenos num ninho, todos depenados, sem bico e com os olhos tapados, e comi-os. E como tu me disseste que os teus filhos eram muito lindos e tinham os biquinhos bem feitos entendi que não eram esses.
- Pois eram esses mesmos, disse a coruja.
- Pois então, não sou eu que estou errada, enganaste-me tu com a tua cegueira.
Fonte (português adaptado)
~
Conto eu que certo dia uma cria macho de coruja lhe disse:
- Ó mãe, se vires passar um bando de jovens águias, esconde-te e não apareças sob pretexto algum, que falo eu com elas, e nenhuma te fará mal.
As águias passaram pela coruja-mãe, que, incapaz de esconder-se num ninho tão pequeno, se lhes assomou, dizendo 'olá!', ao que elas responderam, tendo continuado o seu juvenil voo, indiferentes e confiantes.
Enganara-se a cria da coruja, com a sua cegueira.
~
Trazia três amigos para almoçar em casa. Tentou certificar-se de que almoçariam sozinhos, respondi-lhe que sim, que, à hora a que chegassem, só eu estaria, fechada a trabalhar. Chegou à porta do prédio e ligou-me, para confirmar: "Mãe, só estás tu?", "Estás a trabalhar?", "Podemos subir?", "Escusas de interromper, nós ficamos bem". Tudo certo: almoçaram, arrumaram tudo e saíram. Só mesmo quando a visita estava a terminar, me assomei na sala e disse 'olá!', eclipsando-me de seguida.
À noite, numa voz de gozo e falsete, perguntei:
- Por que é que não querias que eu aparecesse na sala? Tens vergonha da mamã?
Os olhos lindos e gigantes pousaram de seda nos meus e responderam assim:
- Não. É exactamente o contrário.
As águias passaram pela coruja-mãe, que, incapaz de esconder-se num ninho tão pequeno, se lhes assomou, dizendo 'olá!', ao que elas responderam, tendo continuado o seu juvenil voo, indiferentes e confiantes.
Enganara-se a cria da coruja, com a sua cegueira.
~
Trazia três amigos para almoçar em casa. Tentou certificar-se de que almoçariam sozinhos, respondi-lhe que sim, que, à hora a que chegassem, só eu estaria, fechada a trabalhar. Chegou à porta do prédio e ligou-me, para confirmar: "Mãe, só estás tu?", "Estás a trabalhar?", "Podemos subir?", "Escusas de interromper, nós ficamos bem". Tudo certo: almoçaram, arrumaram tudo e saíram. Só mesmo quando a visita estava a terminar, me assomei na sala e disse 'olá!', eclipsando-me de seguida.
À noite, numa voz de gozo e falsete, perguntei:
- Por que é que não querias que eu aparecesse na sala? Tens vergonha da mamã?
Os olhos lindos e gigantes pousaram de seda nos meus e responderam assim:
- Não. É exactamente o contrário.
Ahaha :D adorei!
ResponderEliminarImagina eu! :D
EliminarFoi uma grande resposta ;)
EliminarE sincera, não pareceu "de escapatória"... :)
Eliminarvariação em fábula, em ré maior e tudo o mais que em superlativo se encontre. magnífico.
ResponderEliminarbeijinhos, Linda
A mim parece-me que as fábulas retratam a vida real :)
EliminarObrigada, Mia.
Beijinhos
Uhhh muito bom!!
ResponderEliminarAndei para aí 24 horas a pairar de felicidade :)
Eliminar