A sem-nocite não tem limites.
Procurava eu um recipiente de loiça tipo pyrex, para aquecer comida no forno, e lembrei-me que tinha dois iguais, com desenhos diferentes, mas que havia um deles que já não avistava há bastante, pelo que perguntei por ele, olha a loucura.
- Então, esse foi o que me bateu na cara e se partiu.
Pronto, o verbo partir conjugado na forma pronominal nunca é bom augúrio.
Sinto no ar um cheiro a acusação.
- Como assim?
- Então, estava mal arrumado...
Um pivete a segunda acusação. Mal arrumado por quem?
- ... e caiu-me na cara.
Terceira acusação, um enxofre que não se pode.
- Ainda andei aí uns dias com a cara marcada. Não deu por isso?
Quarta? Fede.
Pá, não. Cansei de levar na corneta.
- Não, não dei por nada. Fiquei sem pyrex, portanto.
[Olha a velhaca, que uma pessoa quase faz um traumatismo craniano, acidente grave de trabalho, por uma porcaria de loiça que não vale um c. e que ela há-de ter arrumado mal de propósito, amarga aqui as dores em silêncio e a gaja, além de não dar por nada, ainda lamenta o tareco, em vez de se preocupar com a pessoa, dar-lhe a baixa ou então pagar-lhe uma indemnização.]
Ahahahaha!!
ResponderEliminarSem nocite! :D
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