01/02/2019

@teia de aranha tarântula

Vi o programa da SIC de rajada (os três episódios juntos), já que tanto se falava dele ontem. Este país continua a ser um paraíso não fiscal à beira-mar plantado com profundas raízes, onde felizmente não se passa nada, a não ser pessoas que supostamente casam com um desconhecido e outras que se apaixonam por uma personagem de ficção, com contornos (curvilíneos?) muito para além da mera tela de cinema.
Não percebi nada. Fiquei na mesma, portanto, já que nem sequer posso dizer que me espantou ou baralhou. Sequer percebi a mensagem. Uma coisa é esta coisa,

[filme obrigatório para todos os pais e para todos os adolescentes]

outra coisa é esta outra coisa. Que se passe uma mensagem avisadora da possibilidade de perpetração de um crime online (aliciamento de menores), que a seguir se transforma num crime offline (violação), percebo, aceito e apoio. Agora, se a mensagem subliminar ou expressa for "Vocês são adultos, mas, apesar disso, nós não queremos que façam dói-dói no coração através da internet", desmarco-me. Tenho pena das pessoas envolvidas (o próprio, a mãe, algumas outras "amigas"), mas não alcanço a necessidade do tom de aviso do programa, quando não consegui encontrar um único crime na actuação - perversa, sem dúvidas - da "Sofia". O FB é o que é, não há muito tempo vi uma reportagem onde se falava num total de oitenta milhões de perfis falsos, quem lá se mete deve saber ao que vai. Depois, o que lá acontece não é muito diferente de frequentar um baile de máscaras, igualmente mascarado: às vezes, tal como na vida real, pisa-se cocó. Cabe a cada um verificar onde é que as poias foram largadas, evitar pisar e, no caso de, olhem, é limpar e seguir em frente.


LB's challenge rumo aos 3000 chouriços em 6 anos
#jasofaltam33

2 comentários:

  1. Não vi a reportagem (como sabes pouca ou nenhuma televisão vejo) mas sei do que trata.
    As redes sociais são óptimas , muito giras e tal, mas os utilizadores têm que ter consciência de que nem tudo o que lá aparece é real.
    E por outro lado têm que se ter muito cuidado com o que se partilha. Se eu escarrapacho a minha vida online, provavelmente irei ter alguns dissabores.
    Apesar de achar que é mais fácil o que a reportagem relata acontecer com pessoas jovens e adolescentes, não me surpreende que adultos mais frágeis emocionalmente se deixem enredar numa história destas.
    Eu sei quem foi a um país do Norte de África casar com um individuo que só conhecia do Facebook.
    Infelizmente há gente bastante esquisita.....

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    1. Sem dúvida que são casos de pessoas sozinhas, ou que se isolaram por causa da internet, ou seja, em que ela ou é consequência ou é causa dessa solidão. Não sei muito bem que “volta” pode ser dada a isso, o que vejo é as pessoas cada vez mais embrenhadas nos seus telemóveis, desde que a net deixou de ser um exclusivo dos computadores. Parece-me que terão que ser os pais a impor alguma regra nesta selva internética. Isto, se eles próprios não estiverem também já naquele transe... :/

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