17/08/2014

Na mouche

Esta noite sonhei com uma chefe que tive, que tinha voltado a trabalhar para ela, mas que, agora, ela estava ainda mais decidida a fazer-me sentir apertada e a mais naquele local, estendeu-me a mão para eu lha beijar e eu recusei, implicou que eu não tinha chegado a horas e eu a insistir que estava lá desde as 9:30, ela a negar, eu a insistir, a jurar pela minha saúde e depois a chorar e a parva que partilhava o meu gabinete que, por acaso, era a mula que eu gostava mais naquele sítio, de boca fechada, até que, depois de eu muito insistir, lá disse num fiozinho de voz "Chegaste às 9:30", e isto foi o bastante para eu pegar em duas ou três coisas que tinha levado de volta para a minha mesa e sair dali, sem mais uma palavra, e bati a porta com tanta força que o prédio tremeu e eu acordei.

E hoje li "O poder gera canalhas que não se satisfazem com servos. Precisam que se tornem suplicantes para satisfazerem a sua pequena glória" (in "Segredos de Amor e Sangue", Francisco Moita Flores, p. 328, que eu, finalmente, acabei).

E é isto mesmo.

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