E nisto, passou-se um mês sem aqui vir. De tal maneira que me esqueci da password entretanto, algo normal numa pessoa da minha idade. Refi-la, ou, como diria o povo, refiz-a, ou, ainda melhor, refízi-a. E então, cá estou.
Achei importante registar três vacas que tive ontem, apesar de ter sido sexta-feira, 13. De resto, não se tem passado nada que me apraza publicar acerca da minha existência, que continua este marasmo repartido entre muita beleza, glamour e dolce vita.
Então, ontem foi dia de dentista-dos-olhos-bonitos. Estive para ali deitada mais de uma hora, ele apertou-me os ferrolhos e depois saí. Na recepção, foi-me comunicado pela assistente que já não havia nada a pagar do aparelhómetro bucal, uma vez que, ao longo destes últimos treze meses (reparem se não há aqui um sinal qualquer), já o havia feito. Primeira vaca.
Saio para a rua, pimpona e feliz (a estrear um vestido com dois anos - dois! - de armário, que levou tantos elogios que não sei como não o vesti quando era dois anos mais nova), tenciono cessar o pagamento do parquímetro através da aplicação, e verifico que, ou porque fiz alguma coisa mal, ou porque a p. da aplicação não funcionou, tinha deixado o carro à solta, sem selo nem pagamento algum durante uma hora e meia. Vai de correr para Rosinha, minha canoa, assim o raio do vestido novo permitisse, mais as chalocas de saltos, o coração aflorando os beiços, deitando contas à vida, Ai, meu Deus, ai, meu Deus, estacionei há uma hora e meia em zona amarela, impossível não ter passado um Emélio nos entrementes, vou chegar e ter Rosinha com uma fita de miss a toda a volta e uma patinha bloqueada, fora a despesa, que não ganho para estas distracções, e não é que, quando me acerco da viatura, está ela parada, é certo, mas limpa e impoluta de envelope vermelho, fita ou bloqueador? Meti-me nela e arranquei muito devagarinho, só naquela de ver se não me aparecia um daqueles fiscais a pular em cima do capô, ou, como diria o povo, cápom. Segunda vaca do dia.
Minutos volvidos, estou a circular no Eixo Norte-Sul em sexta velocidade, a cerca de 87 ou 93 quilómetros por hora, faixa do meio, e vai o camelão que está à minha frente - um camião de cargas - e trava. Assim, do nada. Já tinha percebido que, à frente dele, circulavam mais dois pesados (um deles de transporte de combustíveis), e terá sido um dos dois que travou primeiro. Pode ter sido mérito dos travões de Rosinha, ou então do meu também pesado pé direito, mas o que é facto é que também consegui travar. Com tempo para ligar os quatro piscas e fazer uma breve oração, Enfim, agora é esperar que nenhum me venha esborrachar contra o monstro de ferro e, indirectamente, contra a gasolina do outro, pois, se assim for, terá sido em vão e uma grande ironia tanto trabalho e investimento botado neste corpaço. Terceira vaca, portanto.
Por último, mas muito mais importante: tive dois filhos na estrada ontem, e chegaram-me inteiros e lindos, como nos dias em que nasceram.
há dias felizes, Blue :)
ResponderEliminarainda bem que voltaste. fazes cá falta.
Este foi um deles, flor :)
EliminarNão sei se voltei. Vim aqui, escrevi, escrevi, mandei para os rascunhos e agora vou-me embora outra vez :/
Tu livra-te de te escafederes, óbistes?
ResponderEliminarDias bons. Ainda bem que os há!
Beijocas repenicadas, Lindinha azul :)
Vou pensar no teu caso, tá? ;)
EliminarSão dias em que somamos boas graças, e nem sabemos porquê...
Beijocas para ti também, Maria Poesia :)