10/12/2018

Daquele programa, que, repito, a-do-ro # 9

Ainda me falta falar sobre Lídia e Francisco, aquele par de concorrentes que se pôs à fresca logo no início do concurso. Não é que tenham alguma relevância na trama, mas, lá está, redundando um pouco, tramei-me eu no dia em que me comprometi a vir para aqui falar de todos. E todos é todos, não há cá excepções para ninguém.
Vamos lá a ver: não me lembro grande coisa destes dois. Portanto, vai o que sobrou, e já fica de bom tamanho. Sei que não se davam bem, o que vieram a confirmar logo que puderam. Mas, comparativamente àquele outro par de jarras que eram a Sónia e o João, estes dois podiam ter rendido mais algum peixe, e só não porque a Lídia era uma estalactite: aquele pau de gelo com uma farpa pontiagudinha na ponta, que é um miminho quando se espeta. (Vá, não falo por experiência, mas imagino.) (Também nunca levei com uma Lídia na vida, por isso é fácil falar.)

Francisco, o nós-pimba
O Francisco é aquela pessoa que recebeu educação. Percebe-se que tem uma origem modesta, mas já há ali dinheiro (num sentido muito amplo do termo) e alguma preocupação em alinhar-se num patamar acima do dos pais. Tem umas noções meio rudimentares de saber estar, de vez em quando foge-lhe o pé para a tamanca, mas vai no bom caminho e é uma pessoa bem intencionada.
Carácter: Talvez o maior "defeito" do Francisco seja a frontalidade, que, naquele caso, se confunde com falta de chá. A verdade é que ele nunca se apresentou como um pretenso cavalheiro, what you see is what you get. Fez umas tentativas de agradar à gélida Lídia, que nunca descongelou, e fez muito bem em despachá-la rapidamente, antes que aquilo se pegasse e ela o congelasse também. Let it go.
Físico: Eu acho o Francisco bonito. Tem uma cara bem talhada, feições regulares, um corpo proporcionado. Não o acho atraente, porque estou sempre a vê-lo desatar a entoar uma melodia daquelas, tipo a das tetas da cabritinha, mas acho que ele se insere nos parâmetros de uma larga fatia da população deste país, portanto não creio que tenha dificuldades em arranjar par para uma boa lambada. Ou kizombada.

Lídia, a estalactite
Esta Lídia conseguiu ter uma prestação não muito diferente da da Sónia, a má. Em vez de curar a depressão de que claramente sofre (lágrimas vezes a mais, por motivo "nenhum"), foi meter-se num buraco daquele tamanho, para esgatanhar as próprias feridas e, de caminho, ferir alguém também. Teve pouca sorte, levou pela frente com um descontraído da vida, que, assim que viu que aquilo ia dar paro o torto para o lado dele, ó-ai-ó-Lídia-ala-que-se-faz-tarde. 
Carácter: Fiquei sem perceber. Teve um marido, a quem muito amou, que foi o pai do filho. Ele adoeceu, tornou-se deficiente, ela não aguentou e deixou-o. De cada vez que falou dele, chorou. Se calhar, é daquelas pessoas que "nasceram para serem felizes" (como se o resto do povo não), mas no sentido de que "nasceram para se darem bem, sem chatices nem tristezas" (idem). Então, como regra geral estes "planos de vida", que dependem de tantos factores aleatórios, como o da sorte, saem furados, a boa (má) da Lídia está triste, e quer porque quer fazer toda a gente infeliz à sua volta. Ou então, é só mal formada e levou o chuto merecido. Azar. Pode ter sido o primeiro (?) de vários.
Físico: Olhos belíssimos, azuis e rasgados. E mais nada. Magra, seca, fria, frígida. Se eu fosse homem, preferia uma gordinha de olhos redondos e bem disposta àquele pau de gelo sempre a soprar fel.

6 comentários:

  1. Devo ser a única pessoa deste país que nunca viu este programa. Acho que prefiro ler estes posts sobre o dito, sempre fico com uma ideia geral e dá para rir um pouco.

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    1. Pois, também me parece :)
      Eu vi o primeiro BB, há 15 anos, e apanhei um fartote daquilo que nunca mais vi nenhum. Tenho sempre que purgar estas borbulhas de povão que também sou, depois passa :)

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    2. também ainda não vi nenhum, mas o que me tenho rido com os teus relatos da bola! :)))

      (também gosto de ler os do Miguel Lambertini na NIT)

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    3. Mas olha que rias muito mais se visses o programa, há ali personagens que nem o Herman José nem os Gatos algum dia sonharam que poderiam existir. Já sou fã do Hugo, um homenzinho incapaz de se calar e de dizer alguma coisa acertada! :D

      (Não conheço, já vou ficar com mais um vício? Obrigada :))

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  2. FizesteS um belo resumo do casal!
    Eu tenho visto o programa e cada vez está mais esquisito, mas continua a alegrar os meus fins de tarde, hahaha, desde frango comido ao pequeno almoço; cortes de cabelo; amuos e o tema recorrente da Graça "intimidade e afectos..." que já cansa...
    VisteS ontem a problemática das tendas? VisteS?
    (sem qualquer pretensão de a tratar por tu, mas os S da Graça...são fenomenais para alguém que escreve livros e que se diz tão culta que até discute sozinha os grandes temas já que o Conde não chega para tanto) .

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    1. Só consigo ver à noite, depois de jantar, mas é o meu momento zen! Adoro aquilo, porque enquanto vejo, não penso em mais nada. Ontem até adormeci :)

      Também não percebo aquela profusão de “éstes” da Graça. Ainda que saíssem do Francisco ou da Eliana...

      (Trata à vontade, esse é o meu tratamento preferencial :))

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