A pele dele deitada na areia, de costas, sem toalha de permeio, grãos quentes e rochosos, maciços, macios, aconchegantes, e ela sentada na barriga dele, uns sete quilos de gente, uns seis meses de mundo, uma vida enorme e longa, entregue inteira, intacta, àqueles braços, sorriso inquieto e desdentado, olhos limpos na descoberta do amor, aos saltinhos no colchão amado, respiração entrecortada de gozo — e, os dois, absolutamente felizes.
Juro, pai, juro que os vi brilhar, raiados de sol.
E, presa numa memória que não posso ter, olhei para cima, levei os olhos cheios de mar, e vi-nos brilhar, raiados de sol.
Vi-nos na areia, com os olhos cheios de céu, limpos, na descoberta do amor.
enterneceu-me. boa semana, LP.
ResponderEliminarÉ um tema recorrente do ♥, Mia.
EliminarBoa semana :)
As tuas palavras neste registo têm o mesmo efeito que as cebolas quando estou a cozinhar .
ResponderEliminarEspero que possas perdoar a comparação :)
Beijos LP :)
E há lá melhor comparação, se fores assim como eu, que até o sumo da cebola já me serviu de desculpa para afogar mágoas? :)
EliminarBeijos, Imprópria (já tinha saudades de ti) :)
Tão bonito! Fiquei enternecida com a descoberta desse amor. Esse amor que é o encanto dos céus limpos.
ResponderEliminarUm beijinho
Incrível que uma imagem, a que assistimos ao vivo, nos transporte para o nosso próprio álbum de fotografias e, dele, para a nossa não-memória...
EliminarObrigada, Miss Smile :)
Um beijinho de boa noite.
«Ah, memória, inimiga mortal do meu repouso!»
ResponderEliminarEste post está carregado de cervantismo. Que bonito!
E, quando menos esperamos, lá se desamarra ela, numa imagem, num odor, numa música, gritando-nos as saudades que carregamos connosco -- impiedosa.
EliminarObrigada, JM.
Beijos