04/10/2015

Ia ficando com trauma, mas já passou.

Quando saí da boca do lobo, sob a forma de urna, sentei-me cá fora, no muro de um canteiro da escola onde votei, e foi aí que me senti, verdadeiramente, adireitos, ou seja, um ser totalmente destituído de direitos. Não sou homem, não sou animal, o meu trabalho é sazonal, intermitente e instável, não estou presa com pulseira dourada no pulso, numa gaiola de ouro. Na verdade, o exercício do direito de voto pareceu-me uma ironia, um eufemismo, uma alegoria, uma metáfora, uma hipérbole do avesso. Trágico.

10 comentários:

  1. Eles convenceram-nos de que era um direito... é um direito que temos entrarmos no teatro deles :P

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    1. É um direito feito obrigação, que é exactamente o contraponto dos direitos.
      E nós, olha, actuamos :P

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  2. Não és um homem e não és um animal. Logo, és uma mulher :P

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    1. E, se fosse um animal fêmea, ainda estaria em piores lençóis?
      Parecendo que não, isto é traumático :P

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    2. Já estás a levar a conversa para os lençois? :P

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    3. Sou tão aldeia da roupa branca :P

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  3. Olá LB,
    Mau demais para ser verdade.
    Grande fantochada...e lá vamos nós participar neste cenário.
    Vou ? Não vou ?
    Acabei por ir cumprir o meu "direito/ dever " sem qualquer convicção / gosto / gozo.Sem pica ,sem acreditar !
    Só faltam agora os Marcelos,Nóvoas... para ficar o baralho completo.
    :(
    Grande " marmita " !!!!!
    Beijo,
    José

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    1. A mim, desde que não me metam o presidiário à frente dos destinos da nação — o que já me pareceu mais impossível —, está de bom tamanho.

      Beijo.

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  4. Viste ?

    PAN - 1 ;)

    Que mais irá acontecer ?

    https://youtu.be/tcvHUcboB6E

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    1. Antes o Fungagá da bicharada ao recluso votante, digo-te já.

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