Feira das Almas, sábado.
É muito fácil encontrar-me lá. Não que alguém procure, mas tenho essa noção, por me sentir lá tão ET e tão bem como me sinto em qualquer meio ambiente: sou das pessoas mais velhas, das únicas que não leva nos pés botas Doctor Martens, ou motard, nem cabelo de cor alternativa — mínimo, vermelho —, nem piercings ou tatuagens (pelo menos, à vista), nem na boca um bâton da cor dos olhos. Também não paro cá fora no meio da nuvem de ganza, a conversar sobre cenas, tipo cenas. E a quem não me é indiferente a música ambiente — underground alternativa? —, nem ando com um coelho ao colo, que usa coleira de gato.
E também devo ser a única pessoa que se atem diante de uma banca, a tirar fotografias a panos de cozinha.
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