A minha vida podia ser tão mais simples, se eu não fosse assim.
Ontem fomos três, ver o espectáculo do Gregório Duvivier. Ficámos de passar em casa da comadre para a apanhar e seguíamos todos juntos, para parecermos mais. À porta da comadre, lembrei-me que não tinha imprimido os bilhetes, subi a jacto, com o coração a avisar-me que um dia me manda à merda, e entrei, também a jacto. Entre beijos à minha afilhada querida e sua irmã também querida, deslarguei: Vocês desculpem, mas eu sou a pessoa mais esquisita que conheço. (Elas não me levam a mal, porque sabem que eu sou atípica.) Imprimimos os bilhetes e ala, que tardámos cinco minutos com isto. À chegada, havia uma promoção de uma bebida chamada Super Bock Green, ela não quis o copo dela, eu naquela contingência que Ai, não tenho onde pôr isto, bebi os dois, e vá que não me vi obrigada a beber o terceiro. Isto tudo enquanto subíamos as escadas até ao primeiro balcão, levava eu meus high heels mais recentes nos pés e, portanto, os dois copos de cerveja, também recentes, na cabeça (mas já por dentro). Sentámo-nos nas cadeiras que nos calharam, que, por sua vez, formam filas estreitas entre si, ao ponto de os meus joelhos terem ficado a encostar na cadeira da frente. Parecia mesmo que estava metida num avião low cost e low room. As minhas pernas começaram logo a dar-me vontade de as desatarrachar e de as atirar, uma a uma (vá que são só duas), para o palco, pois tive um ataque de pernas inquietas que durou, hossana, todo o espectáculo. Fiquei sentada entre eles os dois, que entabularam um diálogo animadíssimo sobre política nacional actual. Mal ouvi falar em segundo resgate, disparei para o tecto do Tivoli, que é tão bonito, e já só me despreguei de lá quando o Gregório surgiu no palco, ou quando eles se calaram, o que ocorreu em simultâneo.
Por acaso, fui apanhada de surpresa. Esperava um espectáculo tipo Fábio Porchat, uma representação a solo do Porta dos Fundos, e não foi isso que aconteceu. Só não vou dizer o que aconteceu porque ele ainda vai dar espectáculos em Leiria, Figueira da Foz e Porto e eu sei que sou lida internacionalmente, e cá agora figuras de spoiler é que nááá. E também porque o texto já vai longo.
Mas ó: confirmei que o Gregório é o meu Porta favorito. Ele é grande, e vai ser maior. Fodão, mesmo, se é que me entendem.
Também fui ver e também confirmei que é, sem dúvida, o meu preferido.
ResponderEliminarAdorei (apesar de, para além de também ter estado apertada, me ter sentado literalmente junto à "porta dos fundos").
Ele é génio, e o espectáculo foi esmagador.
EliminarEu estava na 4ª fila do 1º balcão, e também me escaparam alguns "selos" das projecções do início. O técnico de luzes é um show, mas a sala não permite tudo.
Estávamos no mesmo balcão! :)
EliminarÚltima fila, snif.
Entre o ranger dos bancos (que me faziam perder partes do texto) e a minha pitosguice, consegui ver o suficiente para poder dizer que foi das melhores.
A sala não lhe faz jus, não.
:) Por isso dos bancos não passei, ou não dei por nada (serei mouca? :))
EliminarOlha, eu era a da gabardine vermelha, que resolveu despi-la quando as luzes se apagaram e, com a falta de espaço, incomodou meio mundo.
Ele vem cá, sim senhor, eu, é que não posso ir até lá. Contingências...
ResponderEliminarBeijinhos, Linda.
Faz uma forcinha, Mia, vale muito a pena :)
EliminarBeijinhos
Tenho mta pena de n ter visto :(
ResponderEliminarCreio q já n volta a LX...
Talvez não nesta tour, e talvez não com este espectáculo. Mas fiquei com a ideia que volta a Portugal, em breve.
EliminarIres até Leiria ou à Figueira, não dá? (Estou a falar de cor, não sei se os espectáculos já foram ou ainda vão ser.)
Um homem, em cima de um palco, pensando! Adorei!
ResponderEliminarIsso :)
Eliminar(Foi um susto, pensar que não o ia ver em sketches do Porta, a solo. Mas depois foi tão bom, que me passou logo o susto.)
Adorei, também!