13/01/2015

Deslarguei esta frase # 20

Lavar sanitas é uma arte!

Eu proferi isto. Mas é que é.
Algumas profissões, como a de empregada doméstica, ou de limpezas, vão ser sempre classificadas como mão de obra não qualificada, não só porque não requerem especialização nenhuma, como também, quem as exerce, não apura técnicas, não estuda métodos, não busca melhorar resultados.
E não é qualquer uma que lava uma sanita a preceito, até ela ficar, passo a expressão (e a imagem mental) "de se lamber".
Ele é desconhecerem que existe a zona de louça que fica atrás do tampo, ele é esquecerem-se de esfregar o interior do rebordo a toda a volta, ele é fazerem tábua rasa da existência do pé da sanita. 
Sabem vocês qual é a zona mais suja das sanitas (especialmente nas casas onde há homens)? É o lado de dentro do tampo. Esse mesmo, o que eles levantam e depois regam com o carinho com que um jardineiro... ou é quando acabam... naquele momento... que salpicam...

Por falar nisso, um dia conto-vos como foi a minha primeira vez, quando fui meter gasolina. Há coisas que já se passaram comigo, na minha vida, que eu prefiro não ir procurar ao youtube, porque existe uma possibilidade de...

Post formativo, em parceria comigo mesma e com os meus botões


13 comentários:

  1. Tocaste num ponto que me doi:)
    Sabes o que é pior? É certo tipo de gente que no trabalho são a dor de cabeça das empregadas de limpeza (só falta exigir-lhes que limpem o chão com a língua!), mas se fores a casa dessa gente são as porcalhonas das porcas!!!!

    "limpezas, vão ser sempre classificadas como mão de obra não qualificada, não só porque não requerem especialização nenhuma, como também, quem as exerce, não apura técnicas, não estuda métodos, não busca melhorar resultados..." Quem diz?! Uma boa empregada de limpeza é aquela que nunca se rende ao "já não sai!" e está sempre à procura de soluções;)

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    1. Bem verdade. Eu respeito-as o mais possível.
      Nunca podemos esquecer que são elas que podem cuspir na nossa sopa (literalmente).

      Uma boa, disseste bem. A excepção absoluta... :-|

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    2. Anónimo13/1/15

      O quê Suri? Mão de obra não qualificada? Se disseres mal paga, concordo.

      Desculpa, LP, a intromissão.

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    3. Bichinho Lindo, não fui eu que falei em mão de obra não qualificada estava a citar a Linda ...e também nunca me ouviste falar em bem paga, infelizmente, a minha defesa aqui é exatamente no sentido oposto: Há muita gente que desvaloriza o trabalho das empregadas da limpeza e generalizações é o que não falta por aí. A própria linda acha que uma boa é a exceção, é um bom e infeliz retrato do que pensam a generalidade das pessoas.

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    4. Só uma adenda: "mão de obra não qualificada" é a designação oficial, legal, para algumas profissões, como a das limpezas. Significa que não requer um curso, uma qualificação.
      E estou, de facto, convencida que a excepção são as boas. Tenho casa há 21 anos e é daí que retiro a minha conclusão. Mas é óbvio que posso estar enganada. De qualquer forma, compreendo-as perfeitamente: Elas aturam cenas a troco de tão pouco, que acaba por ser a história do"amor com amor se paga".

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    5. Eu trabalho com dezenas delas há cerca de 8 anos, sou capaz de as conhecer um pouco melhor do que tu:). É atrás da designação oficial que muita gente se esconde para as tratar abaixo de cão, o facto de não requerer um curso não significa que muitas delas não sejam eximias naquilo que fazem, saber de experiência feito. O "aturam cenas" vai tão longe que chega por exemplo ao assédio sexual diário...

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    6. Ok :) Concedo. Sem dramas.
      Ouve, eu não disse que a designação legal deve ser interpretada ao pé da letra. Mas está gramaticalmente correcta. Significa "sem curso, sem especialização".
      Abaixo de cão nunca trato ninguém. As empregadas que já tive (e tenho a mesma há 17 anos, o que dirá alguma coisa de mim), têm sido todas tratadas como família. É uma das poucas profissões cujo local de trabalho é uma habitação de alguém, pelo que tem especificidades de contacto humano entre a entidade patronal e o trabalhador que praticamente mais nenhuma tem.
      Quanto ao assédio sexual, esse foi problema que nunca se me pôs, como imaginas :) E será transversal a quase todas as profissões...

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    7. Ok;) Eu também aceito que em contexto familiar as coisas se passam de forma completamente diferente.
      O contexto que falo é o empresarial onde basta que apareça um papel deslocado 10 cm do local onde tinha sido deixado...que cai o carmo e a trindade, mas se não se limpar porque lá foram deixados papéis espalhados, reclama-se à mesma porque se devia ter limpo. Falo do contexto em que a empregada entra num gabinete, de olhos baixos...e RARAMENTE ouve um Bom dia e muuuuuito menos um obrigada, porque no pensamento geral "se anda a limpar é porque lhe pagam para isso" por isso muitos vão ao wc e nem a tal piaçaba usam, para quê?!...que venha a empregada e que limpe.

      Eu avisei que me doía...desculpa o sermão, não falo mais.

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    8. Fala à vontade, rapariga ;) De qualquer maneira, já deixámos o Observador apeado!
      Isso, nas empresas e nos escritórios, é um mal geral. Ninguém fala a ninguém, ninguém responde a um cumprimento. Desconheço o porquê, mas é assim. Acredito que, para uma pessoa que se sente mais vulnerável, quanto mais não seja porque trabalha em outsourcing, ou seja, não é"um deles", isso seja mais difícil. Mas eu sei que o motivo não é esse. As pessoas têm pavor de "descer ao nível"...
      Falta por aí muita educação...

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  2. Lembrei-me agora: sabes o que é um piaçaba, LP, sabes?




    É uma vassoura que não estudou.
    Bumba!

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  3. Adivinhei antes de ver o vídeo :)

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    1. A primeira vez que o vi, fiquei tão esclarecida... :)

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