Atirei duas partes de biquíni para dentro da sanita, para as lavar.
[Nos sonhos nada faz muita lógica, chiu.]
Era a parte de baixo de um e a parte de cima de outro.
[É muito raro usar partes desirmanadas de biquínis. Nunca gostei dessa moda, e cada vez menos a entendo. Sou uma esteta (não esquecer o es), ou uma anta, mas nem sequer consigo perceber as peças da Desigual *.]
A água da sanita estava limpa.
[Valha-nos, ao menos, isso.]
Puxei o autoclismo, sem querer.
[É um reflexo condicionado, como o do cão do Pavlov: não posso olhar para aquela rampinha de porcelana mais piscininha de mergulho, que puxo o autoclismo.]
A minha aflição desdobrou-se: por um lado, porque fiquei sem o equivalente a um biquíni inteiro; por outro, porque não sabia [e ainda não sei] qual o biquíni que tinha ficado incompleto, por não me lembrar qual a parte de baixo que tinha descarregado.
Quando voltar a sonhar, volto a vir cá contar o que foi. Isto é, se for alguma coisa de confessável, ainda que indecifrável. Mesmo que meta sanitas. Eu sonho amiúde com sanitas. Freud era um menino, ao pé disto.
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* sorry, guys, é tudo horrível. Baralha-me a assimetria, a desproporção, o caos, que quereis?
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