Porque respeito solenemente a criança que carrego dentro de mim desde que nasci, de uma forma não gravídea, mas igualmente subcutânea, intramuscular e até intravenosa, fui ver Divertida-mente.
Podia falar durante horas sobre o filme, mesmo sem spoilar a coisa. Mas não o faço, porque isto não é o da Joana, seja lá o que isso signifique, mas, essencialmente, porque não posso publicar dois posts enormes no mesmo dia, por uma questão de princípios e início de conversa.
Para começo dela, este filme é, de todos os infantis, senão o melhor, um dos que já figura no meu Top 5 (não tenho, mas apeteceu-me dizer). Em duas linhas (a ver se eu consigo), a acção passa-se no "quartel general", que é a mente de cada um de nós — no caso, a de uma menina com uns 10 anos —, onde se encontram as personagens principais, que são a Alegria, a Tristeza, a Repulsa, o Raiva e o Medo. Fiquei absolutamente rendida aos encantos da Alegria: brilhante, eufórica, enérgica, que, para cúmulo, tem o cabelo e os olhos azuis. Apesar de a Tristeza ser toda azul (o que se compreende), é também demasiado parecida com uma figura com quem trabalhei em tempos, o que impediu que me desse aquele piquinho de ternura que o boneco reclamava.
Tal como todos os filmes de animação, este contém igualmente uma mensagem para adultos, que eu não só entendi (ou acho eu que entendi, mas também, dou de barato as minhas conclusões, porque sou conhecida por "aquela que vê o filme alternativo"), como também é uma espécie de mantra muito meu, e que é: por mais divertida e alegre que seja a tua vida, tens que viver a tristeza, e aceitá-la como um estádio normal da vida, por épocas, para que possas verdadeiramente saborear a alegria.
Ó pá, concordo (comigo mesma, portanto).
E eu concordo contigo também ;)
ResponderEliminar(Confesso que a personagem azulinha passou o filme todo a mexer-me com os nervos, mas no fim acabei por lhe dar valor)
Podes crer. O momento dela com mais piada, foi quando estendeu o pezucho para a Alegria a arrastar. Parece que, no meio da tristeza, o que pode ter alguma graça é a preguiça :)
EliminarConcordo com a sua conclusão, Linda. Sem a tristeza, não conseguiríamos distinguir a alegria. Sem contraste não há consciência.
ResponderEliminarE logo que possa, vou ver o filme :)
Um dia feliz, Linda :)
Sem dúvida, Miss Smile. Por mais estranho que isto possa parecer, a tristeza é "bem vinda", pelo contraste, como tão bem diz, e pela antecipação da alegria. Geralmente, antecede-a.
EliminarVeja, sim, vale muito a pena :)
Um dia feliz também, minha querida :)
Fartei-me de chorar agarrada à minha ML.
ResponderEliminarNão sei se reparaste que a personagem principal da mente da mãe era a Tristeza e a do pai era a Raiva.
EliminarO filme é absolutamente genial.
Gostei mesmo muito. É daqueles filmes de animação que valem mesmo a pena. Tenho visto alguns (tu então deves ter carradas na retina) mas este ficou-me na memória. As bolinhas então... ainda no outro dia explicava isso da memória ao meu pai, recorrendo ao exemplo do filme e das bolinhas.
EliminarOlha, não te sei dizer se vi 30 ou 40 filmes de animação, alguns deles várias vezes ("O Rei Leão", vi, no mínimo, 300 vezes — true-true — porque o vi todos os dias durante um ano. Retira-lhe as férias e alguns fins-de-semana for, e dá isso), mas este encheu-me as medidas todas. E é mesmo dos 5 favoritos. Adorei o cabelo da Alegria (aquele carrapito atrás é tão bom), a cena em que ela, no Vale do Esquecimento, desata a correr bolinhas apagadas acima, a tristeza dela, rendida a uma emoção que não faz parte dela. Aquilo é tudo maravilhosamente bem pensado.
EliminarGostei muito. Faz pensar. Por vezes dou por mim a imaginar quantas e quais ilhas existirão no meu quartel. :)
ResponderEliminar(fui ver com a mãe. Ela dormiu o filme todo. Diz que só gosta de terror. -.-')
Podes crer. :)
Eliminar(eu fui com a filha que tu conheces :) acordadíssimas!)