Vamos mas é falar de coisas sérias, para variar

Em tecido de fato de mergulho. Lindo. Não sai do lugar onde o pomos, como os bibelots*, o que garante que, se colocarmos as peças onde elas devem assentar, andamos vestidinhas todo o dia, sem hipótese de nos saltar cá para fora nenhum naco. 

É quente, é certo. Mas, na mulher ardente em que ele nos transforma, eu digo-vos: pela minha parte, aguentaria qualquer escafandro de pesca submarina, máscara, tubo e garrafas incluídas.

Por outro lado, tem a enorme vantagem de ser fluorescente. Não que venha impregnado com flúor, mas por ter uma cor flash de ferir as córneas, e também os cornos da p. da inveja, de bomba hidráulica que uma pessoa fica com estas duas rodilhas alapadas às redondezas. Com ele posto, e bem disposto, seremos sempre avistadas pelo senhor nadador-salvador, quer estejamos num bruços, quer num crawl, ainda que este se dê na areia, como os bebés que ainda não andam (esta piada é tão à frente, miau). Também podemos estar num costas, ou numa mariposa, provocando o caos lá para a Austrália, ou, em não sendo ele possível lá tão longe, pelo menos, que o provoquemos no areal (esta aqui ainda é mais rebuscada, mas eu hoje estou este poço de egoísmo, não a explico). 

Por mim, estou preparada para as hordas de inquietos, a pedirem-me autógrafos, confundindo-me com a Vergara. Caso isso não aconteça, duas tesouradas no deux pièces*, que ele nem desfia, de quase borracha que é. Ou faço um abatjour* burlesco, e meto-o na casa-de-banho. Sem serventia é que ele não fica.

(Agora que penso nisso, acho que tenho alergia à borracha. Olha, que se lixe. O importante é sentir-me bem na minha pele — mesmo com ela a arder de comichos —, lá diz o povo.)

(* Noto que hoje estou um pouco gálica. Isto pode ser uma reacção do tipo alérgica, também, ao oxi action, aquele coiso dos detergentes com oxigénio. Tenho que parar de lavar roupa suja.)