Drivadus de comer tanto chocolate
(sei lá se acredito no que estou a dizer)
ou então porque sou uma borbulhenta sebosa
(mas acho que é do chocolate. Cá continuar)
é porque eu tenho uma relação actual com o chocolate que é uma coisa quase carnal. Não, é mesmo carnal. Ainda outro dia almocei uma caixa de bombons às 3 da tarde, cheios de um recheio horrível e lágrimas, e depois comi uma caldeirada de lulas às 5 da tarde como se fosse uma em ponto. E não queria ter afecções das peles.
Nasceu-me uma borbulha no meio das duas sobrancelhas. Com as borbulhas, a minha relação é mesmo praticamente sexual, pois vou-me a elas, aperto-as e troto-as até elas escorrerem e esvaziarem, e a coisa dá-se mesmo até sangrarem. O das sombrinhas é um menino, ao pé de mim. A farra a sério e, no final, quase o homicídio. Muáhá.
Estou a ponto de não poder sair de casa, tamanha foi a desgraça que pratiquei ao nível da minha cútis.
Soluções para isto? Várias. Mas nenhuma me vai devolver a dignidade.
1. Aliso o cabelo, visto um sari e passo, calmamente, por indiana;
2. Passo o dia todo com o dedo indicador em cima da borbulha que, lembro, é entre as duas sobrancelhas;
3. Crio uma situação que atraia as atenções para outro lado qualquer de mim. Tipo um decote até aos pés. E saio para a rua de piriguete (piriguete nunca tem frio);
4. Ponho maquilhagem em tripla camada que, conforme sabeis - e se não sabeis, aprendei - ainda reforça mais o relevo horroroso da coisa;
5. Ponho pasta de dentes, como as miúdas, mas, para parecer que me distraí de manhã, levo a escova de dentes na mão. Não vão pensar que eu sou maluca;
6. Atiro com metade do cabelo para cima da borbulha, comprometendo a visão em terceira dimensão que, conforme sabeis - lá está, aprendei - se perde com um dos olhos tapados;
7. Não ponho nada e cago nisso. Não literalmente (só porque nunca ouvi dizer que fizesse algum bem, senão já iam ver);
8. Não saio de casa e aviso o mundo que, finalmente, tive o tal esgotamento dos nervos que se adivinhava desde que nasci.
Com este frio e que tal uma máscara de ski? Solução do tipo 2 em 1... ou até mesmo 3 em 1, se surgir a necessidade de assaltar um banco pelo caminho :)
ResponderEliminarOlha, boa.
EliminarNesse caso, até uma máscara nuclear serve!
Aliás, qualquer máscara. Vou mas é mascarada para a rua!
(e é claro que vou aproveitar a ocasião para assaltar um banco - o Novo Banco parece-me boa ideia - mascarada de princesa Disney)
Obrigada, Sci :)
Não há nada para agradecer, aliás, por mim inaugurava-se já aqui um grupo de apoio à mulher com borbulhame inconveniente! Nunca as tive na adolescência, e agora aos 30 e tal é que elas atacam... tenho uma dessas para a troca mesmo no meio do queixo. Por outro lado, se forem necessários cúmplices para o assalto, e mantendo o espírito da Disney, posso ir mascarada de Monstro ou Sultão do Alladin (ou qualquer personagem barbuda).
EliminarLá está outra ideia de valor. Onde te andaste a esconder este tempo todo, rapariga?
EliminarFica aqui. Já vão duas boas hoje. Isto promete, tem futuro.
Te garanto que alinho no grupo. De qualquer forma, somos umas incompreendidas.
Já estou a imaginar as nossas sessões:
- Olá, eu sou a Linda Porca e tenho um problema.
- Olá, Linda Porca.
- Tenho uma borbulha.
- Estamos contigo, Linda Porca.
Ia sugerir enfiares um gorro até aos olhos. Acho que ias ficar lindamente! :D
ResponderEliminarSó se for um daqueles à assaltante, que têm uns buracos para os olhos :D
EliminarCaso contrário, ando às apalpadelas pela rua, e passo por ceguinha ou tarada sexual!
Sem sombra de dúvida, a opção 7. Caso contrário, a emenda é pior que o soneto.
ResponderEliminarAs opções 1 e 2 estão fora de época, já não vais a tempo de te disfarçares de indiana ou de “O Pensador de Rodin com o braço fora do sítio”.
A 3ª é uma pneumonia garantida.
A 4ª dá-te ares de unicórnio.
A 5ª e 6ª ainda te garantem uma entrada directa para o Conde de Ferreira ou Magalhães Lemos.
Definitivamente, a 7ª é a melhor opção, apesar da 8ª ser mais convincente ;)
Nina, obrigada pela resposta, tão cuidada.
EliminarTens razão em tudo o que dizes. Só um nico menos na possibilidade do Conde de Ferreira ou do Magalhães Lemos, que, no meu caso, seriam o Júlio de Matos ou o Miguel Bombarda, tudo por questões geográficas.
Acabei adoptando a 7, não literalmente, e o que saiu à rua foi não uma mulher com uma borbulha, mas sim uma borbulha com uma mulher acoplada :)
Voto no ponto 7 e não se fala mais nisso. Desde que deixes bem claro se apenas nada pões. Está-se bem. Se levares a coisa de forma radical e cagares nisso, sugiro que o faças longe ... do blogue. Para evitar maus cheiros.
ResponderEliminarAi, que coisa tão à frente. O teu computador já tem sexta dimensão?
EliminarEu gostava... pelo menos, nos sites de perfumaria...
O meu computador, além de observar, cheira.
EliminarUma rosa a florir na tapada... ♫
Eliminar... cheira bem, cheira a Lisboa ...
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