Depois de ter sido operada na passada quinta-feira, a minha Mia voltou para casa com um vestido cor-de-laranja e um cone abat-jour chapéu sem copa, transparente. A vet achou por bem vestir-lhe o tamanho 1, já que Dona Mia é uma gata light e slim, e qualquer outro ficaria grande aos seus abundantes (em ossos e pêlo) 2,880 Kg.
(Sim, é extremamente magra; e sim, foi esterilizada; e sim, é ansiosa e vomita com alguma frequência; e não, não tem mais nada, a não ser agora caroços nas maminhas que ainda não tirou, e já basta de sustos e medos.)
Deu-se que na primeira noite pós-operatória, a safadinha conseguiu tirar o vestidinho e arrancar o chapéu, tendo ficado com os pensos à mostra e à mão, meio caminho andado para arrancar tudo até à costura, e, quem sabe, a própria também. Repusemos-lhe tudo como antes, ela não voltou a tentar tirar, mas foi ficando cada vez mais inactiva, mais quieta, mais triste. Esteve exactamente quarenta e oito horas sem comer, sem beber (e Lisboa abafava), sem ir à areia. Até que, no sábado passado, de volta à vet, tirou os pensos, mudou de vestido (para o tamanho 0, que a vet costuma vestir a coelhos) para um cor-de-rosa com debrum cinzentinho (também havia azul, mas achei que a minha menina ficava muito mais fashionerer em rosinha), tirou o chapéu e, autorizada a comer guloseimas (Agora vale tudo, disse a vet, embora não tenha permitido chocolate, à minha pergunta. Então, não é tudo), comeu comida mole das latas, bebeu água e já foi à casa-de-banho dela. E a toma do antibiótico passou a ser uma guerra de nervos e garras entre humanos e felina.
Tudo muito melhor, em suma. Mas quero, em muito breve, voltar a vê-la como ela é e sempre foi: tímida, nervosa, soberana, sobranceira. Uma rainha com medo do trono.
Eu não sou fã de gatos. Não lhes faço mal, mas prefiro-os longe dos cortinados e sofás e, de preferência de mim. Há algo neles que me deixa sempre em alerta, não sei explicar porquê. Bom, não gostando de gatos, gosto de animais no geral e fico piursa quando sei das maldades cruéis que alguns seres "intelijumentos" lhes fazem. Fico, desta feita, tão, mas tão feliz, porque também, ainda, há quem os ajude, os cuide. Espero que a Mia se recupera bem e depressa.
ResponderEliminarEu também não gostava, noname. Tanta independência, tanto desprendimento emocional, faziam-me impressão. E depois, não queria sofrer quando me adoecessem ou morressem. Adoptámos a Mia um pouco contra a minha vontade, depois a Mel (que morreu), finalmente a Molly. Houve uma altura em que continuava a não gostar de gatos, apenas gostava das minhas gatas. Agora gosto, acho piada às diferentíssimas personalidades de cada um, reconheço ligações afectivas com as pessoas da casa, e são muito giras as interacções. É um assunto muito sério, uma adopção. Mas vale muito a pena.
EliminarObrigada, também espero que sim. Ela é magrinha, mas é valente :)
Vai correr bem :)
ResponderEliminarVai ter que :)
EliminarObrigada, Izzie
Azulinha, beijinhos para ti as melhoras para a Mia.Tenho andado distante ,de vez em quando passo por aqui,nem sempre deixo um beijinho. Ficam agora muitos,sentidos e de coração para ti e teus.
ResponderEliminarBeijinhos 🌸
Obrigada, Miss Curvas. Eu sei-te desse lado, não te preocupes. Estás bem?
EliminarMuitos beijinhos, muitos 🌸
Tive um gato que foi operado e que se recusava a andar e a comer quando tinha o cone enfiado na cabeça. Tinha que lhe tirar o chapéu e ficar a tomar conta dele para ele comer e ir à casa de banho. De outro modo ficava deitado no canto do sofá e não se mexia.
ResponderEliminarA dar remédios a gatos sou uma expert!
As melhoras da gatinha. Qualquer dia o fatinho não lhe serve.
Sim, a veterinária comentou que o vestido e o cone eram duplo stress para ela, que nem percebia como é que "elas" a tinham mandado para casa assim. E esteve o animal 48 horas naquela letargia por um lapso...? Enfim, mudou completamente desde que tirou o plástico.
EliminarEu ainda não sou bem expert a dar remédios, porque 1/3 fica cá fora, ou ela cospe. Mas vou no bom caminho :)
Obrigada, Ana. (É tão magrinha, e agora depilada no papo ainda parece mais...)
Ese vídeo veio-me tirar um stress danado, e sim dá resultado. Só confirmar que a boca está bem aberta para enviar directo à garganta, e mandar uma sopradela no focinho que os faz engolir. Ou 2, claro.
ResponderEliminarhttps://m.facebook.com/story.php?story_fbid=10212420066517813&id=1265590232
Obrigada, mesmo!
EliminarAndamos a dar-lhe antibiótico com a seringa, uma das miúdas (o humano dela) ajeita-se melhor, mas, quando ela não está em casa, é quase um pandemónio! Isto assim, parece tão fácil! :)
Se a medicação é líquida, dar com um pouco mais de cuidado. Depois diga se deu resultado.
EliminarPois, espirra sempre um bocadinho. Agora de manhã, já foi por este método, e tomou tudo tranquilamente.
EliminarMuito obrigada!