Último dia do ano. O desconforto da humidade, do céu chumbado, do ar molhado. Os velhos dormem, dormitam, acordam, reclamam. Há uma que se levanta e bate noutra. Diz que tem que ser, que o marido dela devia sacudir-lhe mais vezes o pó. A pobre apanha, sacode-lhe a mão, ainda no ar, e enxota-a, como a uma mosca.
Noutros tempos, eu moveria uma palha, para tentar salvar aqueles mundos.
Agora, fico, diferente — nunca indiferente —, metida no meu.
Para mim, também é Inverno, e o ano já está muito velho.
O Inverno é assim. Por vezes, penso que não tem contemplação pelas pessoas mais idosas mas, de repente, percebo que os menos jovens também são tocados pelo 'mal'.
ResponderEliminarOlha, Linda, desejo-te um 2016 pleno de coisas boas (e úteis).
Um beijinho
Excelente, era que a Natureza nos dotasse da capacidade de hibernação. Olha, eu era logo a primeira a meter-me na gruta :)
EliminarPara ti também, Observador: um ano feliz.
Beijinhos
O Inverno tem o seu quê de triste e é nos idosos onde mais encontro essa tristeza. Feliz 2016.
ResponderEliminarA chuva, então, é uma deprimência pegada!
EliminarBom ano, Maria :)