A confusão entre os verbos estar e ter.
Já estou um bocadinho nervosa, só de pensar nisso.
E sei o que é que vou "ouvir" no fim deste post: que foi a linguagem desinteligente, usada nos sms, que teve "a culpa" de toda a gente escrever esta grande pérola do novo léxico, aplicada, qual golpe baixo, a meu cérebro, via olhos, que é
(um pouco de ribombar, que é para dar algum suspense)
Eu tive doente dos meus nervos.
Eu tive na escola.
Eu tive nessa aula.
Eu tive atento à matéria.
Ou tive a dormir, não sei bem.
O verbo tar conjuga-se mais ou menos assim, acho eu:
Eu tô, tu tás, ele tá, nós tamos, vós tais, eles tão;
Eu tarei, tu tarás, ele tará, nós taremos, vós tareis, eles tarão;
Eu tive, tu tiveste (ou tivestes? ou tives-te/s?), ele teve, nós tivemos, vós tivesteis, eles tiveram.
Raios e coriscos, lá diria o outro. Então, mas o verbo tar confunde-se com o verbo ter, nalguns tempos verbais... talvez seja porque o verbo tar...
(vá, só mais um niquinho de ribombar, que eu ainda estou muito nervosa)
o verbo tar não existe, genitais!
Eu sei - reparem no quão permissiva eu sou, que até sei as coisas modernas - que escrever tive é mais rápido do que escrever estive. Isso, até admito que faça quem já tem os polegares atarrachados, por mandar quinhentos mil, setecentos e oitenta e dois sms por dia. Não percebo que faça quem já tem para cima de, vá lá, uns 25 anos (e estou a ser tão generosa, mas não me livro deste defeito) e tenha, digamos, responsabilidades profissionais, mas ainda se dê à lata ao descalabro ao desplante ao descuido de escrever Eu tive nessa reunião e pareceu-me tudo ok.
Pareceu-te tudo ok, porque nem para o que escreves olhas, nhurro.
Até me apetece tornar-me aleatória e começar a trocar a ordem dos dois, à bruta: Eu estive uma branca no teste; Eu estive má nota a português; Eu estive um trauma com as aulas de português.
Então, não era bonito?
Pareceu-te tudo ok, porque nem para o que escreves olhas, nhurro.
Até me apetece tornar-me aleatória e começar a trocar a ordem dos dois, à bruta: Eu estive uma branca no teste; Eu estive má nota a português; Eu estive um trauma com as aulas de português.
Então, não era bonito?
Eu estive um filho.
Eu estive gripe.
Eu estive gordura no cérebro.
Eu estive que ser operada à minha próstata.
Hã? Lindo. Eu gosto.
Fico nervosa, mas aprecio.
Adeus.
Eu tive-te a ler até ao fim, e confesso que para uma manhã solarenga (afinal parece que os metereologistas tão mesmo a acertar), tás um bocado mal disposta... Tou com isto a querer dizer, que tás-te mesmo a habilitar a que a um fim de semana que tava destinado ao triquini, teja a ficar condenado. Anima-te melher. Sabes o que te digo? Tá-se ! Tá-se bem!
ResponderEliminarHum... é o mal de escrevermos de véspera e publicarmos quando a mood já não tem nada a ver... :)
EliminarEscrevi ontem à noite, mas só publiquei hoje de manhã, deu em protestos.
Bom, não vou estrear o triquini com 18 º. Mas deste-me uma boa ideia para outro post, que já tenho vontade de fazer há que tempos.
Os taralhocos conjugam muito bem o 'verbo tar'. Uma questão de hábito.
ResponderEliminarTá :P
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