Jornal Sol, 06.03.2015
É qui num pódji, cara.
Senhor Primeiro Ministro, eu explico: uma pessoa não pode atrasar-se num pagamento por distracção e por falta de dinheiro, em simultâneo. A menos que uma coisa leve à outra, está a perceber?
Não.
Então, exemplifiquemos:
Sit Com 1 - Eu vou ali a passar em frente à repartição de finanças da área da minha residência, distraio-me e não entro à porta. O pagamento não foi efectuado porque eu me distraí.
OU
Sit Com 2 - Eu vou ali a passar em frente à repartição de finanças da área da minha residência, apercebo-me que tenho os bolsos vazios e não entro à porta. O pagamento não foi efectuado por falta de dinheiro.
A menos que o senhor PM queira evocar uma terceira possibilidade, que é esta:
Sit Com 3 - Eu vou ali a passar em frente à repartição de finanças da área da minha residência, sou um ganda maluco, não ligo a minudências curiais nem a trivialidades, tenho alma de artista, sou um génio sonhador e romântica, distraio-me, nem me lembro que não tenho dinheiro, e não entro à porta. O pagamento não foi feito por distracção e por falta de dinheiro, mas, ainda assim, essa falta não era consciente.
Intrincado?
Não.
Filosofia pura.
Ou não, espera. Lendo o texto logo abaixo, apercebemo-nos que, afinal, o que o nosso PM disse, foi: Atrasei-me por distracção ou por falta de dinheiro.
Mais um exemplo de como um e ou um ou podem fazer toda a diferença para tontinhas analfabetas como eu. Cumulação não é igual a alternativa. Digo eu.
Estive aqui a perder o meu latim para nada.
E vocês a lerem isto tudo, para tudo.
Lá para dia 20 também me vou atrasar por distração e não pagar a segurança social aqui da empresa... E o IRS. E depois lá mais para o fim do mês também me distrair e não fazer o pagamento especial por conta...
ResponderEliminarOu esquecimento.
EliminarVale tudo...
A falta de dinheiro podia acontecer a qualquer, a distracção é que já não me parece bem.
ResponderEliminarE, juntas, são praticamente impossíveis de equacionar.
EliminarFalta de coerência, nestes políticos...
ResponderEliminarCoerência e mais tanta coisa...
EliminarO homem, o ministro primeiro, é um incompreendido.
ResponderEliminarE o que quererá o homem, o ministro primeiro, dizer com manobras dilatórias? Serão daquelas que dilatam ... os corpos?
O raio que o parta, 'mazé'.
É isso mesmo - dilatórias, que dilatam; manobras dilatórias são manobras para prolongar no tempo qualquer coisa, adiar um assunto, e isso. É o "expediente dilatório" do juridiquês.
EliminarO homem, não sei. Sei que ele vive um drama pessoal imenso, neste momento. E eu sou daquelas pessoas completamente incapazes de dissociar o homem do ministro por causa disso. Sei muito bem o que é tentar trabalhar com a cabeça em looping.
No entanto, exerço este papel crítico aqui. Eu também sou duas, se calhar - a LP e eu :)
Observador,
EliminarTens razão. Como exemplo, tens o fisting, que é uma manobra bem dilatória. lol
Posso rir-me?
EliminarEu sei que a piada não me foi dirigida, mas...
Hahahahaahahahahahaah, Jedi! :D
(Desculpa, OB, mas esta foi tão boa, e eu sou assim :P)
Qualquer pessoa se pode rir das minhas parvoíces. Dou-te permissão :P
EliminarJá agora. OB ?!?!?!? Do que te foste lembrar para chamar ao rapaz :P
EliminarObrigada :D
EliminarÉ que aquela foi tão, mas tão boa!
Eu também não dou ponto sem nó... :P
Não concordo.
ResponderEliminarQuem tem falta de dinheiro, normalmente, "esquece-se" de pagar as contas que tem.
Pelo menos assim tem sido com "amigos" a quem já emprestei dinheiro ao longo dos tempos.
Não é um esquecimento, pois não?
EliminarNão eram bem, bem amigos, pois não?
Eram. lol
EliminarPretérito imperfeito, de qualquer forma.
Eliminarhá comprimidos muitos bons para o esquecimento, já para a falta de vergonha ...
ResponderEliminarVergofante, estão por inventar...
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