Não sei se também foi na A 5 que perdi mais algum quilo ou dois, para além daqueles dois, mas que alguém os encontrou, não há dúvida. Enquanto as minhas skinny pretas que eu tanto amava - que me custaram 8 euros na Primark e, alapadas ao cagueiro, faziam-mo o melhor da minha rua -, me estão um nico largas neste momento, hoje cruzei-me com três gordas no espaço de, vá, 2,25 metros quadrados. Todas as três tinham unhas de gel tamanho xxl de cores extremamente fortes (não gordas como elas. Fortes, mesmo), com variações em ré menor do estilo unha do mindinho branca e roxa, a fazer pandã com a garra rosa cerise. Don't ask. Eu tenho para mim que as manicures delas (herselves?) bebem duas caipirinhas antes de iniciarem a lide, e depois aquilo é ao sabor das ondas etílicas. A mim, retrógrada, atrasadinha mental para estas nuances da estética feminina, é a única explicação que se me apresenta como plausível para semelhante tragédia ao nível da fanera. Uma das gordas acompanhava por dois rapazes, um da idade dela, que presumo ser o que se acasala com ela a espaços, mascarado de Jesus Cristo Super Star da Baixa da Banheira, pois ostentava uma t-shirt de manga à cava, cuja dita recortava até quase à cintura, e mais nada, porque devia ter calor, mas também fui capaz - eu e todos os que com ele se cruzaram - de visionar um pelame ao nível axilar que era assim a coisa mais medonha e mais nojenta que eu vi nos últimos cerca de dias, só porque vejo muito cocó nos passeios. A partir de hoje, decreto eu: pá, rapem-se. Se é para andarem com aquela jubazinha pendurada dos braços, é preferível que se depilem até não terem nada. Eu disse nada. Muáha, que maluca. O mesmo jovem trazia vestidas umas calças militar print, que, no meu tempo, eram as "calças da tropa", e que até era proibido uma pessoa usar na rua (não fosse confundir-se com um gajo dos comandos, ou então com um arbusto), e uns ténis animal print, de leopardo da feira. A gorda que o acompanhava disse para o puto que também era do grupo: "Enzo!", e eu gelei, porque pensei que a pobreza de espírito, quando bate à porta das pessoas, atinge todos os níveis, desde o nome próprio até aos pêlos do sovaco e às unhas de gel, mas a do nome é a pior de todas, porque nos persegue toda a vida como um lobo mau. "Enzo, arrête!", gritou a das unhas para o puto, que envergava umas calças de ganga estafada à anos 80, com punho elástico nos tornozelos e um cabelo de polpa inominável à CR da Buraca.
Acho que este foi o momento em que fugi e não me lembro de mais nada, ou então acordei, não sei.
Ah ah ah ah!! Fui procurar "fanera" encontrei "falena" ...ah ah ah ah
ResponderEliminar"Falena - Substantivo ffeminino. Nome correntemente dado às borboletas noturnas da família dos geometrídeos, em particular a algumas espécies nocivas às plantas cultivadas ou às árvores das florestas. Espécie de borboleta noturna.
Derivação, por extensão de sentido: meretriz, prostituta, puta."
Só comigo...
Nota: grelo é só nas partes fudengas, no sovaco não se aplica o calão grelado! Àquele tufo bonito que viste, não podes chamar relo, não é justo para o grelo das partes bacalhónicas.... penso eu de que.
Já deste no tinto.
EliminarFanera - http://www.infopedia.pt/dicionarios/termos-medicos/fanera?homografia=0
O grelo é um legume. Eu avisei no post anterior. Simplesmente, mudei de assunto e não quis perder aquele belíssimo título.
Pxávida.
Só palavras caras, deves ter a mania... :P
EliminarNão, não.
EliminarTenho a consciência plena :P
É preciso um chá de tília e depois fazer uma sessão de hipnose com técnico credenciado, pois garanto que há de ser difícil esquecer. Até eu, só pela descrição, estou a ficar enjoada! :))
ResponderEliminarParecia um pesadelo.
EliminarOu melhor, os meus pesadelos conseguem ser menos assim tão-tão :)