Quando existe um senhorzinho a rasar os 60 anos, que é funcionário de sei lá quê (expediente externo? Outsourcing? Colaborador pontual?), daqueles que não tem lá poiso, mas vai lá muito, que te apanha sozinha e avança para ti a dizer "Tão boa!".
Quando o chefão está rouco como um adepto depois do jogo, alguém lhe diz que tem que se ir tratar e ele responde "Não vou, não senhor, isto fica-me tão bem!" [NOT]
Quando há uma mulher que tem cerca de 1,60 metros de altura, pesa 40 Kg e diz que tem que ir ao ginásio.
Quando há uma macha que te ama e odeia em turbulência, porque tens escrito na testa "heterossexual empedernida" e ela não aceita isso nem se conforma e, no entanto, te agarra a cintura da saia e pergunta onde é que a compraste porque quer uma igual. E toca-te no cotovelo de cada vez que passa por ti. Porquê o cotovelo, minha forte mulher? Já não me chegava a Fufanã, espera.
Quando há uma pessoa que odeia toda a gente que acha inferior. E que se julga sente superior a toda a gente.
Quando há uma mulher gorda que fala ao telefone com a filha de dois anos como se ela fosse um gatinho de duas semanas "Oh, bebé, é a mamã!...". Isto até a mim me inspira instintos de lançamento do agrafador, com a zona agrafante virada para aquela testa, quanto mais à tonta da superioridade. As minhas gatas tinham 3 e 5 semanas quando vieram para a minha casa e eu não lhes falava assim.
Quando há uma senhora com idade para ter juízo que fica a hiperventilar cada vez que se me acabam os agrafos (e não, embora me apeteça, ainda não aventei o agrafador à testa da gorda) ou os clips e lhe vais pedir reabastecimento. E conta-os e regista tudo num papelinho. Tenho ganas de lhe atacar o economato e roubar sem dó nem piedade, e sem dó também do AVC que lhe provocarei.
Quando há um senhor, também de perto de 60 como o outro que me acha boa, mas muito respeitador (às tantas cavalga comigo noites a fio) e que, de cada vez que te vê, te dá um aperto de mão que um dia vais pagar caro na farmácia, só à custa das artroses. Para já, fico-me pelo aceno a todos os helicópteros do INEM que passam naquelas janelas.
Quando há um jovem, o único jovem daquele buraco (24) que diz LOL cada vez que acaba uma frase.
Eu sou, seguramente, a pessoa mais normal daquele antro. Como, aliás, em praticamente todos os cenários da minha vida.
Não sei o que te diga... Lol?
ResponderEliminarPerfeito. Com três letrinhas apenas resumiste tudo :D
EliminarNão me quero gabar, mas já gabando, a minha professora de francês do 7° ano elogiava a minha capacidade de resumo :D
EliminarNão me digas que acabavas as frases todas com LOLLE! :D
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