As pessoas não percebem que têm que fechar o tampo da sanita, mas isto é para homens e mulheres. Porque, quando puxam o autoclismo com a tampa aberta, as bactérias vêm todas cá para fora e espalham-se por todo o lado, e vão até às escovas de dentes, se for preciso.
[No cabeleireiro, aquele espaço onde, conforme se sabe, as mulheres vão relaxar e tratar da cabeça, mas eu, em constante contramão, vou apanhar camadorras de nervos e saio sempre mais velha. A sério, fico com mais dez anos em cima, ou seja, com a minha idade biológica, se me esticarem a franja, ou lá o que é isto.]
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Se ela for uma abusadora para o bem, tudo bem. Se for para o mal, é que já não.
[Aleatoriamente, de passagem pelos passeios desta cidade. Não, meu jovem. Não existe o conceito de “abusadora para o bem”. Nem mesmo esse da palhaçada em vale de lençóis, que devia ser no que as tuas hormonas estavam a mandar-te pensar. Se é abusadora, é sempre para o mal. Pode é ser uma boa maluca na hora da potrilha, mas não chames abusadora à criança. Isso é crime.]
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Adirem… adirem… adirem… Fazem a aderência…
[Numa Loja do Cidadão perto da pessoa humana. Vais para trocar um selo de residente de um carro para outro — a frota sofreu uma pequena alteração, na verdade bastante grande: o camião que transportava sete finou-se por avaria fatal (daquelas de ficarem mais dispendiosas do que o valor de mercado da coisa), de modos que foi substituído por um de cinco almas, visto que está a dar-se a debandada do ninho e já não necessitamos de levar a filharada toda mais a criada, hah, era a gozar, a filharada toda mais as gatas, mas esta última parte também nunca aconteceu —, e ficas diante do senhor que te atende, à espera não só do selo novo, como também que ele decida em que tempo vai conjugar o verbo. Pronto, depois lá opta pela aderência no lugar da adesão, pois cada um sabe com que linhas é que se cola.]
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