Já tinha espreitado aquelas aulas, o povo todo com uma espécie de patins sem rodas, olha que giro, saltam que se fartam, de certeza que é fácil, ai que também quero.
E eis-me. Primeira vez que vou, e não eis a instrutora, eis outro, que é doido varrido, e pode ter sido por isso.
O meu tornozelo direito é mais frágil do que o irmãozinho gémeo (são dizigóticos), e, por isso, já fui munida de uma meia elástica a abraçar o menino, não fosse torcê-lo. A hipótese de engessar os dois, muitíssimo mais preventiva, não se me pôs, dado que as botas cumprem essa tarefa na perfeição: o pé fica ali agarrado e quieto, quase-quase como nos skis. [Nem me quero lembrar do quão detestei "esquiar" (aspas derivadas do facto de não ter esquiado efectivamente), o que faz de mim, vista por esse prisma, a eterna não-blogger, que chatice.]
Primeira barreira: calçar as botas. Há que fazê-lo sentado no chão, exactamente como se tivéssemos três anos de idade. Depois, cada uma tem duas presilhas, pelo que, se não me falha a matemática, temos que apertar quatro. Ora, basta que uma esteja relaxada e a aula já tenha começado, para que uma pessoa como a minha, não querendo chegar atrasada, porque nunca, vá mesmo assim, com uma das presilhas desapertada, e logo se vê se a bota sai a jacto na direcção de espero que não uma cabeça, nomeadamente a minha. Então, apesar dos avisos do instrutor, e como não me entendi muito bem com aquilo, só apertei três das quatro (75 %, não é mau), mas, efectivamente, não aconteceu nada de registo.
A ordem é pular-pular-pular. Cinquenta minutos a pular com umas botas que, se por um lado, têm molas e ajudam à impulsão, por outro pesam trezentos quilos (nunca experimentem ir nadar com aquilo calçado), e, (só) por isso, devem fazer um bem horrível ao coxedo. Se não, a qualquer coisa fazem de certeza (à mood, pelo menos).
Confesso que passei as fases 1. que-giro; 2. que-canseira (no final do aquecimento!); 3. penso-que-vou-cair; 4. acho-que-vou-descansar-um-bocadinho; 5. onde-é-que-me-vim-meter-? [fase mais prolongada no tempo]; 6. penso-que-faleço; 7. coitadinhos-dos-meus-filhos; 8. quero-a-minha-mãe-já!; 9. ah-oh!-está-quase-a-acabar; 10. tenho-que-cá-voltar.
Portanto, fora o facto de ter saído a sentir-me o Tigre do Winnie the Pooh (alegria incluída!), acho que correu (pulou) tudo bem.
Estou aqui a imaginar-me a levantar-me com esses jumps nos pés e não é uma figura, é um figurão. Mas, esse passo dado, e até me imagino a divertir-me. Não conhecia semelhante tal.
ResponderEliminarBom resto de domingo.
Pôr de pé ainda é o menos complicado. O resto é que é o busílis: só levantar um pé no ar, já é A aventura.
Eliminarhttps://youtu.be/uB7w3pP1TYI
Bom domingo, Gina.