De manhã, Corrida do Dia da Mãe. É claro que fui caminhar, por todas as razões que me são inerentes, e ainda mais pela de que tenho um pé todo desmontado, não tivesse abusado da dança (ou ela de mim), de maneira que fui, literalmente, coxear quatro quilómetros, mas cheia da corage. Levei exactamente o mesmo tempo que uma das minhas bonecas a correr dez quilómetros: uma hora e quatro minutos.
Eu gosto é da festarola, vou para me divertir, porque sou uma divertidaça-estupendaça, caturreira.
(Ô xenti, fiquei pelando por um sambinha...)
Como sou demasiado etérea para algumas coisas, consegui perder-me no percurso, e tive que voltar atrás uns metros para me meter pelo intrincado caminho que levava até à meta. Lá chegada, encontrei um grupo de rapazes que pertenciam ao movimento Abraço Gratuito. (Espero que não sejam parentes dos do Abraço à Borla, organização que suponho que desapareceu, quem sabe se por, um dia, um deles se me ter dirigido com um cartaz onde estava escrito ABRAÇO HÁ BORLA e eu lhe ter gritado "Ahhh, tens um erro ortográfico no cartaz!", escapulindo-me dos braços dele.) Hoje foi diferente, nada parecia errado, por isso demos um abraço, jovem desconhecido e eu, e ele desejou-me um dia feliz, com aquele sotaque do norte que metade das minhas costelas reconhecem e vibram, canudo.
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