07/02/2019

A menina quer, a menina tem # 2

Foi porque vinha numa viagem de oitenta quilómetros até Lisboa, enquanto passageira (não vão já entrar em pânico pela possibilidade impossível de o fazer ao volante), que, aborrecida e incapaz de estar quieta tanto tempo, me agarrei a Ai-fostes e quis fazer uma encomenda online de algo de que precisava com premência e urgência urgente. No entanto, para tanto, tinha que me inscrever num site, digitar o mail, a pass duas vezes (para confirmar), o que fiz, mas depois parece que a primeira e a segunda versões não coincidiam, portanto, digitei-a quatro vezes, se não me falham nem a memória (essa estúpida) e a matemática (essa esperta), depois houve que fazer login, escolher o item, passá-lo para o carrinho de compras, escolher meio de pagamento, se com, se sem factura, digitar a morada e o código postal, mais o telemóvel, as medidas de busto, cintura e ancas... Mentira, estas três não, não sei por que não, a seguir confirmar o pedido, e aquilo encravou não sei onde nem porquê, toca de repetir a façanha, novo encravanso, eu já um bocadinho indisposta, apesar de ter caído a noite entretanto - e a pessoa nauseia menos quanto menos "cenário" visiona -, ainda repeti tudo, até perder a paciência para o meu esófago, que gritava clemência, piedade e misericórdia, e então pousei a máquina, fechei os olhos e tentei arduamente sair daquele pesadelo de enjoos. Entretanto, chegámos, o carro parou, eu à beira de regurgitar as tripas, e só então, estacionada e, finalmente, quieta, consegui concluir a minha encomenda, pagá-la e, ao que me foi comunicado de seguida, promover o seu envio. 
Era uma alfineteira. Era uma necessidade imediata. Chiu. Deixem-me.

Da Maria Pirosa*
*NMPPI


LB's challenge rumo aos 3000 chouriços em 6 anos
#jasofaltam28

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