O raiar do dia foi azul-cinza, assemelhando-se a nebuloso. E, no entanto, ou talvez por isso, esta pode ter sido a noite mais quente do ano. Ultrapassei-a numa luta entre a garrafa de água e o elástico que me amarrou o cabelo, empapado que já ia costas abaixo, almofada afora. Pratiquei uma alvorada mais escura do que ultimamente, era mais escassa a luz que me invadia o quarto, nariz e garganta a denunciarem fumo no ar, ar queimado de eucaliptos. Não preciso de ir ver as notícias para saber que, algures para os lados de Sintra, ardem árvores de boa saúde e bom cheiro.
Lisboa tem cheiro de flores e de mar.
ardem...ardem...ardem, este cenário dantesco já não cabe mais nos meus olhos. tenho a certeza qu era possível evitá-lo, ou pelo menos, menorizá-lo, mas não vejo um diálogo concertado entre os diferentes organismos. sera que os bombeiros/ a proteção civil/ os ambientalistas/ não terão uma palavra a dizer sobre isto? e já a disseram, porq ue razão a ignoram?
ResponderEliminarbom dia, Linda.
beijinhos
sabes que é obrigatório por lei limpar as matas; sabes que limpar as matas fica muito caro e nem sempre os donos delas têm meios, nem financeiros nem humanos; sabes que o próprio Estado não manda limpar as suas; juntando estes factores todos, não é preciso uma tocha, um cigarro mal apagado, um fósforo. Basta um bocadinho de vidro...
Eliminarbom dia, Mia.
beijinhos
Eu que vim ontem da região centro para baixo senti esse odor pelo caminho todo. :(
ResponderEliminarNão quero acreditar que haja tantas mãos crimonosas que ponham o país a arder de uma ponta à outra. Não pode ser "só" isso... :/
Eliminar