10/05/2014

Pessoal da rádio, calem-se um bocadinho...

Locutores de rádio, radialistas, ou devo antes designar-vos jornalistas de rádio? Por favor, percebam uma coisa simples: quando uma pessoa liga o rádio, é para ouvir música. Se liga à hora certa, é para ouvir notícias. Se liga à hora do jogo, é para ouvir o relato. Mais nada.

Não nos interessa que estejam cheios de soninho. Não nos interessa que gostem de chocolate. Não nos interessam as gracinhas dos vossos filhos. Não nos interessa saber a história das vossas vidas. 

E, pela saudinha das vossas mãezinhas, blocos publicitários de dez minutos, ainda menos!

Levar com a descrição do vosso pequeno-almoço, seguida do bloco publicitário, a seguir mais umas larachas a quatro - que horror! O que é que fazem quatro marmanjos numa salinha cheia de microfones a falarem todos ao mesmo tempo!? -, seguidas do gargalhedo resultante das próprias piadas, mais um bloquinho de publicidade (dietas; carros; seguros; dietas; oficinas; comprimidos; dietas), e, intermitentemente, o anúncio da próxima (???) música, e passa-se assim uma rica meia-hora de estricta produção nacional. Ninguém vos pode acusar de não se ter falado português durante trinta minutos, lá isso não.

A música chega tarde e é má, está mal escolhida, é anunciada em função de um top que está manipulado para que possam, precisamente... pôr aquela!

Mudo para rádios que ainda se fazem a sério - Radar, Oxigénio, Marginal - e nem sempre suporto tanto alternativo, tanto indie. Mega Hits é bom, mas também se passa. Já não há cu para a choradeira da M 80 e da Nostalgia. 

Estou farta de rádio. Tenho que voltar a investir no ipod.

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