Já tudo se disse acerca de Eusébio, por isso eu mais valia estar calada. Mas não me aguento, porque sou uma pessoa com problemas de integração, e quero é estar a par e passo com a blogosfera, para mostrar que também existo. E isto é como em tudo: não comentas o que se passa e não és cá da malta.
Não posso nem quero dizer o que é que Eusébio significou na minha vida, porque senão depressa denuncio a minha faixa etária, e eu tenho uma frase de apresentação deste meu buraco a defender. Mas alguma coisa de muito importante significou, uma vez que, há uns meses, encontrei um gatinho todo preto na rua, a miar não sei de quê, se de fome, de sede, de frio, de falta da mãe ou só de ser mião. Cheirava malíssimo mas, mesmo assim, não lhe resisti aos miares e trouxe-o para casa, não para ficar com ele, por já ter as minhas gatas e não me apetecer ter para aqui um gatil, mas para lhe arranjar casa. Entretanto, não sei se dos miaus constantes do bicho, afeiçoei-me a ele e baptizei-o Eusébio. Foi por um só dia, já que a casa que encontrei para o receber era de sportinguistas - as minhas histórias nunca podem ser perfeitas? - e eles rebaptizaram-no Zorro. E foi assim que o "meu" Eusébio se transfigurou em Zorro sem apelo nem agravo.
Já fugi do tema, não já? Ah, OK. Era só para dizer que fiquei um bocado agastada com os jornalistas, tanto da TV como da rádio, que, durante as exéquias fúnebres de Eusébio, sistematicamente o trataram no feminino, a cause da alcunha, assim: "Vai sair o funeral da Pantera Negra", "O corpo da Pantera Negra vai dar uma volta ao estádio". Cambada de estúpidos, que não sabem falar a própria língua e, ainda assim, falam para multidões. E nunca se lembram que existem pessoas como eu, a quem tudo arranha os ouvidinhos histéricos de purista da língua, e que ficam incomodadas com estas coisas.
Tenho um gato preto que veio como Mantorras. Foi rebatizado de Conguito.
ResponderEliminarNão percebo o que é que têm contra nomes tão originais... :P
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