02/08/2018

Até que as pedras se tornem mais leves que a água

Ao cabo de tormentas literárias diversas e adversas, por questões inclusivamente de analfabetismo puro e duro (em se tratando de António Lobo Antunes - vénia! -, há que colocar essa hipótese, não literal, mas literária), e após intervalos vários, que chegaram a um mês de dura duração, nalguns casos (cuja explicação se encontra no facto de que uma obra do Mestre deve ser bem mastigada, ou então sou eu que sou assim), terminei a leitura de “Até que as pedras se tornem mais leves que a água”, livro que me foi oferecido pelo Natal do ano passado, e que comecei a ler uns dias depois. 
(Coincidentemente - ou não -, aconteceu na praia, num momento em que a beira-mar estava cravejada de centenas de pedras, trazidas e levadas ao ritmo da rebentação, afianço que ainda muito menos leves que a água.)
Vinte e quatro horas volvidas sobre tal efeméride, ainda me encontro em síndrome de abstinência, por me faltar, para além do ar, aquela escrita tão esquizofrénica - no melhor, se é que ele existe para além do meu delírio, dos sentidos de esquizofrenia -, tão quem me dera, tão se eu soubesse escrever-me, era assim que queria que fosse.
(Não será de admirar por isso que eu inicie uma fase a partir de agora em que suprima todas as vírgulas do meu texto so help me God para que o saiba fazer com tal maestria.)
(Só não me caso com o homem porque existe entre nós um impedimento impediente.)
Esta foi a crónica, sem crítica, literária, possível - por LB.

2 comentários:

  1. O tipo está um místico da loja dos trezentos, desculpa lá Blue.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A gente não explica quando gosta, Diogo.
      Estás desculpado :)

      Eliminar