Ainda não estou preparada.
Querem que eu tire uma fotografia, para constar da parede onde estão todos, menos eu. Mas eu tenho o meu terçolho, que me protege, e impede de ser fotografada, para já. Nunca me senti tão Dina Sfat.
Pareço a Zarolha, da Gabriela. O meu terçolho foi e veio. Tinha-lhe aplicado (um golpe baixo de) anti-inflamatório, que quase me arrancou o olho, mas que o tinha feito desaparecer (pudera). Um destes dias, o terçolho vai-se, e eu sou capaz de passar a ter dias seguidos de bad hair.
Pareço a Zarolha, da Gabriela. O meu terçolho foi e veio. Tinha-lhe aplicado (um golpe baixo de) anti-inflamatório, que quase me arrancou o olho, mas que o tinha feito desaparecer (pudera). Um destes dias, o terçolho vai-se, e eu sou capaz de passar a ter dias seguidos de bad hair.
Querem que ponha um nome nos cartões que não é o meu, mas soa melhor do que o que eu uso normalmente. E eu nem percebo quando estão a falar para mim.
Querem que eu ponha o dedo na porta, para que ela reconheça a minha impressão digital, e eu ponho um esquerdo. Explico que não sou canhota, mas dá-me mais jeito. O trinco da porta é à esquerda, o sensor está na coluna de entrada, do lado esquerdo, ponho o dedo da mão esquerda, para não ter que me torcer, passar o braço direito pelo peito, ou virar-me de costas para a porta.
Querem que eu instale mil e uma coisas abstractas e concretas no meu computador, o mesmo que não tenho, por não ser portátil. Então, querem que eu arranje um portátil. E eu ai que não, que me dou mal com os teclados, preciso de teclas a sério, preciso de martelar (e vejo bocas abertas), que me dou mal com os ratos de chapa, preciso de um rato-rato, que me dou mal com tudo e também com mais alguma coisa.
Querem que eu venda frigoríficos a esquimós. Logo eu, que nem talhadas de melancia fresca na praia sou capaz de vender, logo eu, que dou tudo — não devo ser parva, não sou perdulária, mas sou inapta para o impinjanço.
Continuo a olhar para aquilo tudo como se assistisse à minha vida numa montra, em que eu estou fora da loja.
Na rua, zarolha.
(Só ainda não me fizeram assinar nada.)
They don't want your name | Just your number
Olha, escolhe uma pessoa que te faça mal e de quem não gostes (porque uma não implica a outra, por isso juntar as duas seria o ideal) e diz, baixinho, quando estiveres perto dela: "terçolho, terçolho, passa lá para aquele olho". Dizem que resulta. :P
ResponderEliminarTenho que escolher mesmo bem. Não há ninguém a quem deseje isto, nem eu desgosto de ninguém assim tanto. Devo ser parva. Vou levar com esta porra por meses :P
EliminarOs terçolhos no meu tempo eram tratados com uma cantilena e com uma moeda (acho eu, a minha memória já não é o que era).
ResponderEliminarJá experimentaste?
Beijos
Já experimentei a aliança, mas por acreditar na reacção química. Saltei a cantilena, e pode ter sido essa a minha falha.
EliminarBeijos
A minha mãe usava a da aliança comigo... E funcionava, mas só depois de a friccionar na roupa para a aquecer. O segredo para essa porcaria desaparecer é o calor, a não ser que esteja já muito inflamado :)
ResponderEliminarVou tentar mais essa.
EliminarEstá bastante, tem uma bolinha na parte de dentro da pálpebra, junto às pestanas...
:)
Os terçOLHOS são muito incómodos. Convém limpar a zona com água morna várias vezes ao dia. Parece que as sementes de coentros também ajudam. Basta ferver uma colher de chá de sementes de coentros e uma chávena de água. Depois de arrefecer, basta coar e limpar a área afetada cerca de 3 vezes ao dia. Pode ser que resulte.:)
ResponderEliminarUm beijinho e as melhoras, Blue
Obrigada, minha querida :)
EliminarA verdade é que este processo se atrasa por conta de eu me maquilhar. Não só irrito mais a área, como também nunca a limpo, a não ser à noite.
Hoje vou dedicar-me a essa experiência :)
Um beijinho, Miss Smile
Eu digo-te as coisas e tu népias.
ResponderEliminarPareces minha filha.
Devo tomar isso como um elogio? :D
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