13/06/2013

Pensamentos que me germinam na caixa, porém nunca me chegam à boca # 4

Ao senhor que viajou comigo no metro ontem:

Meu bom homem, o senhor até era uma boa figura, quase igual ao bom do François Cluzet. Mas se já ia suficientemente perturbado com os meus joelhos e com o meu decote enquanto viajava à distância de 4 metros de mim - mas, ao menos, ia em pé! -, por que é que resolveu sentar-se à minha frente e, com isso, aumentar exponencialmente a sua perturbação? É que podia ter evitado tantos saltos na cadeira e tantos suspiros. Digo-lhe que topei tudo. E, quando eu pensava que a (sua) tortura ia acabar quando chegássemos a uma estação de intersecção de linhas - onde tanta gente sai! - então não é que me enganei redondamente e continuámos juntos e quase sós naquela que seria uma semi-romântica viagem, não foram aqueles seus nervos? Saímos na mesma estação, mas o senhor correu que se fartou à minha frente e perdi-lhe o rasto. 

(Se calhar era só claustrofóbico. Ou estava aflitinho para cagar)

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