Já que hoje o mau humor está no código desta fábrica, eu também quero ter o meu momento. Trata-se de um fenómeno de integração nas massas, detesto sentir-me marginalizada. E, para além de estar farta de ver maltratada a minha língua (não essa, não o órgão muscular, que essa está de boa saúde, saravá, mas a língua natural, a linguagem, essa) em quase tudo o que leio (o que inclui livros - é o tradutor que é uma merda, é a revisão de texto que não existe, é o copy que é estrábico, é o quê, pá? - jornais, revistas, jornais online, blogs e, muito em particular, comentários de blogs e de jornais online - nesses então, valham-me todos os deuses! Baco, filho, também me podes valer, bruto!), também estou farta de ouvir pessoas que, supostamente - vá, sublinha o supostamente - até estudaram mais uns anos, leram muitas mais palavras, exercem profissões que os obrigam - o-bri-gam - a saber falar e escrever e... náá. Não sabem. São estes eruditos da porra que usam termos assim, como direi, mais elaborados, alguns até existem, mas que não há necessidade... como por exemplo, não usam receber. Usam recepcionar. Não usam contratar. Usam contratualizar. Não usam lista. Usam listagem. Não usam experimentar. Usam experenciar. Não usam esperar. Usam espectar. Não usam preservativo. Hah, era só para ver se ainda aí estavam. Mas pronto, não devem usar. Devem usar preservação. Das células. E merdas assim, que são caras e não servem para nada.
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