29/05/2013

Maria dos canos serrados

Nunca ninguém será capaz de verbalizar tão bem a raiva de uma mulher rejeitada quanto este génio, de seu nome Ricardo Adolfo:

E deixa-nos dizer-te que se não estás à nossa porta amanhã de manhã, ou seja, antes do meio-dia, assim que te pusermos as unhas em cima arrancamos-te os colhões pela língua e enforcamos-te no poste da luz com o intestino grosso.






Maria dos Canos Serrados é a história de uma moça de má rês que se torna pior ainda. Arredores de Lisboa. Maria, vinte e muitos, adora a igualdade de liberdades, o seu namorado gigolô, as noites intoxicadas com as amigas e a ideia de vir a ser directora. Mas, de um dia para o outro, vê-se desamada, despedida e falida. E, entre resignar-se ou virar a mesa, Maria decide acertar contas de arma em punho. Contada de rajada na primeira pessoa, Maria dos Canos Serrados é uma história desbocada, nascida da Grande Crise. Uma reflexão sobre a nova mulher, que não precisa de um Clyde para ser Bonnie.

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