13/11/2014

Pensamento escatológico do dia # 7

Quanto a vocês, não sei, mas eu sou supersticiosa. Não fundamentalista, mas isso também não sou com nada. A vida vai-nos ensinando que nada é eterno, o que é hoje pode não ser amanhã, e não é porque alguma coisa existiu um dia, que sobrevive necessariamente. A idade, como sempre, é um posto. Ensina-nos que há sobressaltos que, em bom rigor, não o são, são apenas umas pedrinhas que nos aparecem no caminho, mas o que é isso para quem percorre a calçada portuguesa, todos os dias, de saltos altos, há dezenas de anos? Ainda assim, uma pessoa que se tem por normal (eu, porquê?), precisa de sorte. Precisa de se agarrar a rituais que lhe dêem confiança. À gaja, os meus são coisas como não usar a mala do azar, não usar o perfume do azar, não usar o anel do azar. É estúpido? Pois é, mas atire a primeira pedra quem não tem idiossincrasias. Ai brutos, isso dói.

E há dias, como hoje, em que a pessoa, apesar de ter obedecido a todos os seus ritualinhos merdosos, lhe sai na rifa um destes assim. Esta chuva que me consome a alma, o cabelo numa poia, ter que enfiar-me numas calças, numas botas, os outros que não me pagam, porra, uma pessoa esforça-se, cumpre prazos e depois é um castigo para pagarem, quando se fala nisso parece que amuam, ai o freguês que me foge, tenho que ser mais paciente para a próxima, e esperar ainda mais semanas, já nem digo dias, semanas. Estou farta e um bocado chateada, logo eu que, não sendo boa de boazinha, também nunca movi uma palha para prejudicar quem quer que fosse. 

Olhem, moderei os comentários. São tão poucos, mas eu quero-os de qualidade. Tenho um bocado a puta da mania.

Outra coisa: se este post vos parecer desconexo, é isso mesmo. 

4 comentários: