Vão cair aqui que nem tordos à procura do filme.
Dei-me um dia de férias. É a parte boa de já não estar sob o jugo e o chicote cruel daquela capataz que me explorava na senzala. Agora sou dona do meu adorável nariz.
Passei o dia metida no trânsito, porque fui a mil lugares e a puta da chuva nunca amansou. Para férias, está-se porreiro. Parece que amanhã já repete. Só para ser torta, vou dar sangue.
Hoje acordei a panicar com uma porra que nem o menino Jesus vai acreditar quando eu lhe contar: as vacinas. Aqueles lembretes que o cérebro nos dá (o meu agora é uma ervilha), passados dez anos da última vez, só eu é que tenho dessas? Acordo e digo para os botões do babydoll: "Bom dia... olha, não está na altura de fazer a antitetânica?". Boletim, boletim... falhei por pouco: fez em Fevereiro dez anos a última, estou desde Fevereiro maior e desvacinada. Vou lá na sexta-feira.
Neste momento estou-me a morder porque não fui a uma aula gratuita de kizomba, só porque há jogo lá para aqueles lados e não ia ter onde estacionar, para além de ter que enfrentar o caos e eu hoje estou uma princesa de Gales. Kizomba sim, mas com condições. Não sossego enquanto não souber dançar como deve ser Anselmo Ralph e seu não me toca. Não quero saber de beijos. Em gostando das aulas, ainda me meto na Salsa, que é logo a seguir.
No fundo estou com a agenda cheia na mesma. Ou ainda não consegui desagendar. Amanhã, sangue. Sexta, tétano. Sábado, impludo sobre mim mesma. Hahaha.
Outro dia apareceu uma barata na minha casa. Uma barata, não, uma vaca. Aquilo era uma hipopótama. Uma rinoceronta. Ora, vamos supor que eu não vivo sozinha. Mas quem é que veste as calças nesta casa? Calcei uma luva de borracha, agarrei na bicha com a mão da luva e - até acho que fui bruta, que a desgraçada ficou logo sem uma pata - atirei-a para o chão. Depois esmaguei-a.
Pois, os assuntos não se encadeiam. Isso é bom para quem ainda tem miolos. Não é o caso.
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